quinta-feira, 29 de julho de 2010

Se meu filho nem nasceu, eu ainda sou o filho.

Ao som de IRA: Dias de Luta

_____Eu devia ter uns 15~16 anos e estava cansado daquilo de brigar com o meu pai. E eu já tinha minhas metáforas. A gente estava caminhando na praia de manhã e ele estava me falando das responsabilidades da vida adulta.

_____Em vez de discutir, eu puxei ele prá perto das ondas e pisei em cima dos pés dele. Era uma coisa que eu costumava fazer quando era pequeno por medo das tatuíras. Ele demorou um pouco pra entender o que eu queria dizer. Nada que eu dissesse iria fazer ele entender que, apesar de estar maior e de ter responsabilidades que não tinha antes, o meu sorriso era o mesmo de quando eu era criança. Se ele estava cansado das minhas loucuras, eu também estava cansado dele tentar arrancar aquele sorriso de mim.

_____E desde então eu e ele brigamos muito, depois fizemos as pazes. Não é o fim do mundo já que na minha casa há uma equilíbrio estranho entre os 3 passageiros. Respeito a opinião dele na maioria das coisas, mesmo sabendo que não servem totalmente prá mim. E ele sabe que tenho um sorriso que me torna imune a qualquer reclamação dele. Ele não desiste de reclamar para que eu me torne uma pessoa melhor e eu não desisto de sorrir. Teimosia está no sangue, como diria a Bel.

_____Parabéns Peca. Pelo sim e pelo não, sinto um orgulho enorme de ser teu filho. E te amo muito, meu velho.

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