segunda-feira, 27 de julho de 2009

Preto e branco, como meu sorriso



Eu reclamava, mas com certezas aqueles dias foram os mais felizes da minha vida.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

No fundo, eu gosto de regras

Ao som de: Milonga para as missões

_____Texto roubado descaradamente do perfil do meu Jasmim no orkut. E traduzido de forma canhestra e apressada só porque eu não gosto de inglês.

21 regras para o sucesso

1. Case com a pessoa certa. Esta é uma decisão que determinará 90% de sua felicidade ou da sua amargura;

2. Trabalhe com algo que você aprecie e que seja digno de seu tempo e talento;

3. Dê as pessoas mais do que elas esperam e faça com carinho;

4. Torne-se a pessoa que mais positiva e entusiasmada que você conhece;

5. Perdoe a si mesmo e aos outros;

6. Seja generoso;

7. Tenha um coração grato;

8. Persistência, persistência e persistência;

9. Discipline você mesmo para economizar dinheiro, mesmo com um salário modesto;

10. Trate todas as pessoas que você encontra da mesma forma que você gostaria de ser tratado;

11. Comprometa-se a melhorar sempre;

12. Comprometa-se com a qualidade;

13. Compreenda que a felicidade não está baseada em bens, em poder ou em prestígio, mas nos relacionamentos com as pessoas que você ama e respeita;

14. Seja leal;

15. Seja honesto;

16. Tenha iniciativa;

17. Seja decisivo mesmo que isso signifique que às vezes você estará errado;

18. Pare de responsabilizar os outros. Tenha responsabilidade em cada área de sua vida;

19. Seja persistente e corajoso. Quando você olhar para trás em sua vida, você se lamentará mais das coisas que não fez, do que das coisas que fez;

20. Cuide das pessoas que você ama;

21. Não faça qualquer coisa que não deixe sua mãe orgulhosa.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Se foi

Um domingo normal nos Estúdios AltaVoz



Agora eu vou fazer o chimarrão

Guardando bilhetes

No meu lugar.

Com uma sensação de missão cumprida.

E nada mais.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Cativar ou não cativar, eis a questão.

Há regras

1. Quem procura, acha;
2. Quem desloca, recebe;
3. Quem pede tem a preferência.

E por último, mas não menos importante: Matéria atrai matéria na razão direta da massa e na razão inversa do quadrado da distância.

E o amendoim no buraco do amendoim...

Frases simples e despretensiosas sobre grandes assuntos.


Quando muita gente insiste muito tempo em que você está errado, você deve estar certo.

- Millôr Fernandes

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dentro de uma camisa do Grêmio pt 7

Ao som de: Korn - Freak on a Leash

À luz da palavra


Unicórnios são Unicórnios

Vacas são Vacas

Jaguaras são jaguaras

Ser palhaço ou bêbado é uma escolha

Meu silêncio é uma palestra

Indiferença é o último recurso

O agora é o meu reino

Palavras são recipientes

Agressão é medo

Ironia é escudo

Minha fama é o MEU escudo

Meu olhar é uma porta

O balanço é a chave

Tolerância é necessidade

O sorriso da espanhola é alento

Minha humildade é esforço

Minha arrogância é falha perdoada

Meu cuidado é uma troca

A Resenha é uma grande amiga

O pouco caso é comodismo

A tristeza é o preço da competência

A culpa é pressa

A Morte não é séria

O vazio é companhia

Certo e errado são conceitos falsos

Só a verdade é a verdade

A liberdade é a minha vida

Nós continuamos com fome. Continuamos tolos.

Mas continuamos vivos.

E isso muda tudo. Todos os dias

Pîc-Pîc

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pegando carona nessa cauda de cometa

Ao som do Virgílio todo faceiro


_____Peço desculpas pelo uso de alguns termos técnicos nos causos que conto a seguir, mas não teria como eu ficar explicando o que é o que.

_____Sobre o domingo: Depois da madrugada conturbada e de ter chegado atrasado em Caxias, 3 horas de sono por pura falta do que fazer. Acordei 20 minutos atrasado e isso frustou qualquer plano de me alimentar com um mínimo de dignidade. Cheguei no estúdio 5 minutos antes da banda. De repente entra um cara de terno seguido por 5 pessoas que obviamente eram da mesma família e um cara com cara de pastor. Talvez pelo tempo de vigília, talvez por leviandade, eu não me dei conta do que estava pra começar. Mas quando vi duas crianças entrando no estúdio eu sabia que alguma coisa muito errada estava acontecendo.

_____O cara de terno pede se ele pode usar os pedais dele. Na minha cabeça eu vi ele tirando uma zoom 505 do case. Mas não, além de uma Ibanez ele tirou dois pedais da boss. Mas prá estragar a imagem que eu estava começando a fazer dele ele usou uma alça com os dizeres "eu amo jesus." Tudo estava perfeitamente sob controle. Eu estava dentro da sala ajeitando o cabo para a tecladista que era irmã do guitarrista que era irmão do baterista que era irmão da menininha de tiara que era irmã do gurizinho hiperativo e de repente a casa caiu. Sem me dar chance nenhuma de reagir. A palavra gravação caiu como um bomba nos meus ouvidos. A minha cara quando perguntei "Esse ensaio é gravado.??" deve ter assustado as pessoas. E o cara de terno olhou pra´mim e me deu a melhor justificativa do mundo para o ensaio ser gravado e eu não ter sido avisado: "eu combinei com o César." Bom, não havia o que fazer, o chimarrão teria que esperar.

_____Durante a correria calma com cabos e pedestais pra dentro e fora da sala, uma menininha olha prá mim e diz que era uma das cantoras. Perguntei quantas vozes eles precisavam , mas eu já sabia a resposta: 4, o que é o equivalente a todas possíveis. Prá aumentar a sensação de "isso não vai dar certo" eu tinha um SM 58 a menos porque o César consumiu com um deles. Sem ter o que fazer, um SM 57 foi prá voz. A situação era a seguinte: eu estava atrasado e tinha um SM 57 a menos do que eu precisava. Lembrei da filosofia do Martin Fierro "qualquer microfone prá qualquer coisa e compressor no talo prá mostrar quem é que manda". E entrei no estúdio cantarolando highway to hell enquanto colocava um beta 56 na frente da caixa da guitarra como se fosse a coisa mais normal do mundo.

_____A primeira hora de gravação foi maravilhosa. Eles rezaram e começaram a tocar...volume baixinho, tudo funcionando e nada clipando. De repente uma das senhoras que estava gravando (ela era esposa do baixista e mãe de uma outra criança que também cantava) coloca o guilherme de 7 anos, mas que vai fazer 8 em fevereiro e a Samira (9 anos) prá me fazer companhia na técnica. Em menos de 5 minutos o guri já tinha falado a palavra Deus mais de 20 vezes, já tinha colocado uma bíblia ilustrada na minha mão e estava realmente disposto a me convencer que um tal de Zaqueu era o cara mais legal da bíblia. Até que eu ameaçei trancar o piá no banheiro se ele não calasse a boca. E a Samira deu um sorriso diabólico diante dessa possibilidade.

_____E essa foi minha manhã, em vez de almoçar fiz chimarrão novo. Depois dois ensaios que se enquadraram na categoria "ninguém merece" só prá me manter ligado. No final da tarde uma justa compensação: uma paixão platônica com 4 cordas. E é notório que eu me apaixono fácil quando estou cansado.

_____E fica a certeza que, onde eu trabalho, é cada um por si. Cada um cuida de uma sala. Cada um cuida do seu e se preserva como pode. Não tinha como ser de outro jeito e foi uma insanidade supor o contrário. Mesmo trabalhando em lados opostos da cidade, continuaremos peocupados um com o outro, a ponto de fazer tele-entrega de pizza antes de discutir o folclore da banda oriental com os pés perto do fogo. O resto está além de palavras. O laranja sempre vai ser o bunker e a sala A sempre vai ser o palco das coisas mais folclóricas do estúdio.


_____Da semana que passou, fica a lembrança de ter ficado arrepiado até a alma gravando um pequeno gigante cantando isso numa sessão de gravação.

"Ao ler este papel
Saiba que estarei
Mais longe do que já pensei estar
Por essa razão sinto tanto

E como eu tentei
Mas só me entristeci
Ao ver que o vento arrastado
agora tentava voar sem encanto

Quando tentei estar
Um pouco mais feliz
As placas mandaram a rota andar
Estava perdido e sozinho

Eu era uma estrela de brilho maior que o sol
Que achou estar sempre voando
quando na verdade estava caindo"
- Zava - Meu céu

_____Trabalho com o que gosto. Rio comigo mesmo quando repito isso pra mim mesmo, a fim de não esquecer. E eu nem vou tentar mentir pra mim mesmo dizendo que essa semana vai ser mais calma. Só dou de ombros e repito: Nunca me conceda descansar.

sábado, 11 de julho de 2009

Por trás de um sorriso falso.

Estou no limite da minha tolerância para lidar com pessoas desorganizadas. Mss eu disse que queria treinar minha tolerância e minha humildade. Agora só me resta aguentar o que pedi.

Sábado, 4 da manhã. E a minha previsão de sono mais otimista é segunda feira entre as 2 e as 4 da manhã...

Nem sempre é divertido...

Eu tô bem na minha altura
Porque na fadiga do vento
É que o veneno circula
E o remédio nem deve saber
Que acabou o descanso
Pra encontrar a cura...


UPDATE:
Ainda sábado, 16.30 , atrasado para ir passar o som em gramado, mas com o sorriso clássico no rosto. Tá foda, mas se continuar assim,, todo va a quedarse bien.
Eu insisto nunca me conceda descansar.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Justo

Ao som de: repertório do show de hoje

_____O unicórnio é um animal místico impossível de ser capturado. Em um determinado momento passei a chamar uma pretensa grande amiga de "meu unicórnio". Tudo porque me dei ao luxo de me aproximar dela sem nenhum interesse escuso. E achei pretensão minha chamar uma baita mulher de amiga. O fato é que vi na vida dela uma série de inconvenientes com os quais eu também tinha que lidar. Gente vazia com conversas vazias. Pessoas interesseiras. O trabalho na noite com todo seu encanto e preço que a noite cobra no fim das contas. No fundo eu acreditava e ainda acredito que nossa proximidade seria boa para ambos, poderíamos aprender muito um com o outro sobre como lidar com os nosso demônios. E poderíamos rir do processo.

_____Mas nem tudo acontece de forma colorida e feliz. E me parte o coração ver alguém que aprendi a respeitar e a gostar chorando pelos cantos. Eu sei que esperam que ela esteja sempre bem e isso deixa tudo pior. Nessas horas o personagem é um fardo demasiado pesado. E se eu pudesse eu roubaria toda dor dela pra mim só pra ela poder ser feliz e ficar em paz. Porque é uma dor que eu conheço bem, uma culpa de ser feliz que quase me derrubou. E que vou fazer de tudo para que não a derrube. Todo mundo merece ser feliz, mas alguns mais.

Eu sei que está chovendo. Mas não pode chover prá sempre.

Juvergonha

_____Perdeu para o lanterna, com (mais) um frango memorável do nosso querido Gatti. Infelizmente não tenho o vídeo da declaração que o infeliz deu depois da partida, descrevendo o chute do atacante do campinense como "violentissimo" e dando a entender que a culpa da derrota era dos atacantes que não conseguiram fazer os gols.

Segue o vídeo da piada que foi o jogo:



Forza juve na cadeia. Juventude caminhando a passos largos para o rebaixamento.

Décimo Sétimo lugar ... e caindo

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Nem todos meus heróis morreram de overdose

Ao som de Metallica: Until it sleeps

_____Postagem gigantesca, do tamanho da importância do cara que me proponho a homenagear. É possível que, das pessoas que lêem o que escrevo aqui, só o Martin fFerro saiba que dia é hoje. E presto aqui minha homenagem ao último payador com uma das payadas dele que considero mais significativas.

Hermano

Seu nome - nunca se soube, nem ele mesmo sabia.
Numa noite muito fria, deu ô de casa na estância.
Vinha de longa distância dos fundos da noite grande,
mas nos galpões do Rio Grande isso tem pouca importância.

Ninguém lhe perguntou nome nem lugar de procedência
que vinha de outra querência se via no sufragante,
um buenas noites vibrante de campeira fidalguia
e a galponeira franquia: - ... Apeie... e chegue pra diante!

O chapéu com barbicacho, negra e comprida melena,
pele queimada, morena, sem luxos na vestimenta,
bombacha de brim - cinzenta, adaga e faca à cintura
e um olhar misto de ternura com lampejos de tormenta.

Mi nombre es Hermano, hermanos, disse - enquanto chimarreava
à peonada que escutava, mui atenta - por sinal,
e no mesmo tom casual, palmeando a cuia de mate,
afirmou como arremate: - Soy de la banda Oriental!

Desde essa noite o Hermano ficou na estância - ajudando,
que o índio que anda cruzando não se ajusta como peão,
vai ficando no galpão - a velha casa reiúna -
onde os párias sem fortuna buscam calor de fogão.

Sempre alegre e prestativo, naquele meio dialeto,
era um gaúcho completo, de ação pronta e destorcida,
demonstrando em qualquer lida que era desses campechanos
que já nasceram vaqueanos dos mil atalhos da vida.

Depois que se enforquilhava no seu basto castelhano
nem o bagual mais tirano sacava o índio dali.
Aos gritos de ibi-bi-bi, ia surrando cruzado
pulando mais que dourado nas enchentes do Ibicuí!

Cantava uma flor de truco, à velha moda gaúcha
e num jardeio - qüe pucha, sempre saía primeiro,
corredor mui tarimbeiro, desses com sete sentidos
que até parecem nascidos nas cruzes do parelheiro.

Laçava... e como laçava, de a pé como de a cavalo,
tanto fazia no pealo, ser sobre-lombo ou cucharra;
companheiro numa farra dos que não refugam nada
e que mão aveludada pra pontear uma guitarra.

Quando cantava se via naquele olhar machucado
o pensamento empacado nalguma reminiscência,
talvez a velha querência longe na barra pampeana...
talvez alguma paisana desgarronada na ausência...

Numa milonga macia, numa cifra - num estilo
nunca se viu como aquilo tamanha fidelidade,
ora olfateando saudade numa nostalgia langue;
ora farejando sangue num berro de liberdade.

Quando os dedos se perdiam entre a quarta e a bordona
pareciam vir à tona barbarescsa ressonâncias,
clarins furando distâncias num último chamamento
e laços cortando ventos no amanhecer das estâncias.

Depois amaciava o tranco com patas aveludadas
e evocava madrugadas com luas e meias-luas;
pôr-de-sóis nas pampas nuas com romances proibidos
nos pelegos estendidos para divãs das chiruas!

Sábado encilhava o baio rumbeando aos ranchos da estrada,
beber ternura comprada, onde os párias vão beber,
pois nesse meio viver, o índio sem parador,
nunca encontra o bebedor da sanga do bem querer.

Foi num Domingo de tarde, ao retornar de uma andança,
a noite caía mansa e o paisano vinha sério,
o pensamento gaudério perdido longe... distante,
sem saber que, logo adiante, ia enfrentar o mistério.

Quando embicava no passo que faz fundo na invernada,
já na boca da picada, o baio parou-se um gato,
bufou com espalhafato, como prevendo tragédia,
o índio bancou na rédea, já meio dentro do mato.

Ouviu um - morre bandido, dos covardes, de emboscada,
já na primeira trovoada planchou-se o baio cabano.
Baleado embora, o Hermano, ao se apartar do lombilho
vinha puxando gatilho dum trinta e oito orelhano.

Seis tiros dados no rumo e um alarido de morte.
Depois, a sangueira forte e um frio que vinha do miolo
mas o índio era crioulo, teve um sorriso esquisito:
- não ia morrer solito, pra o taura, é sempre um consolo.

E ajoelhado, atrás do baio, parceiro de mil jornadas,
já de pupilas vidradas pela morte repentina,
passou-lhe a mão pela crina, como quem nana criança
e um arrepio de vingança escureceu-lhe a retina.

Com três ou quatro balaços bordando a pele morena,
nem ouvia a cantinela e o fogonear dos balaços,
meio de arrasto - c'os braços, rumbeou para o tiroteio:
- galo fino - no careio, coloreando de puaços...

Era um gaúcho Oriental e um Oriental não recua,
honra a tradição charrua e nem a morte o abala,
no próprio sangue resvala mas segue no mesmo tranco,
agora, de ferro-branco, porque jã não tem mais bala.

Sente que a vista falta e uma bárbara dormência,
mas resta-lhe uma incumbência nessa noite de Domingo,
se entrevera e - no respingo, mete a adaga em carne humana,
gritando em voz insana: - esta les doy por mi pingo!

Com vinte e tantos balaços, escoriações e facadas,
as roupas esburacadas, já cego - e peleando aos gritos,
como a confirmar os gritos dalgum Confúncio campeiro:
- Covarde morre ligeiro, o taura, morre aos pouquitos.

Três mortos - mais o Hermano e o baio - morto encilhado,
não foi identificado nem um só daquele trio,
o restante, se sumiu, na imensidade campeira,
deixando apenas sangüeira e o choro do vento frio.

Nunca se soube o motivo daquela barbaridade,
nem a própria autoridade nem gente da vizinhança.
Foi com certeza, vingança, feita por gente mandada.
Restam na velha picada quatro cruzes por lembrança.

Seus nomes nunca se soube, três cruzes sem inscrição
defronte - noutro munchão,
uma cruz tem nome: Hermano.
Descansa nela o paisano que usava melena preta,
um poncho azul de baeta, montava um baio cabano.

E lá está a cruz de pau ferro palanqueando o castelhano,
último adeus do Hermano, na tarde triste e cinzenta,
ao ver a cruz - representa que a gente vê - na lonjura,
seu olhar, misto ternura, com lampejos de tormenta.
- Jayme Caetanho Braun - Hermano


...
E agora que estas vivendo
na estância grande do céu
engraxando algum sovéu
prao patrão velho buenacho,
não te esquece aqui de baixo
onde alolargo ainda existe
muito xiru velho triste
como tu, criado gaucho!




*30/01/1924____
+08/07/1999____

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Agora é pessoal

Eu estava acompanhando de longe, como quem vê um lutador de sumô dançando balé, ou uma tartaruga em cima de um poste, mas agora é pessoal. Cartinha de um champs publicada no pioneiro do fim de semana:


Agora eu realmente estou torcendo pro juventude ir para o seu lugar e nunca mais sair de lá. Porque ótimo mesmo é ser referência nacional em termos de racismo. É estar na vanguarda da modernidade dos estádios, instalando um inédito vidro anticuspe. É ter um 8x1 para ser lembrado prá sempre. Realmente deve ser mortivo de orgulho o recorde de menor público num campeonato brasileiro. Ou jogar com um colete de treino recortado. Diante disso, é perfeitamente compreensível que um time que está na zona de revaixamento da série B comemore a eliminação dos rivais da libertadores ou da copa do brasil. De qualquer forma são grandezas diferentes. O Grêmio e o Inter são times de futebol, enquanto o juventude é uma mentira.

A cada derrota do juventude eu vou comemorar, sabendo que está sendo feita justiça no futebol.

Dá lhe papo, rumo a série C. Rumo a um lugar adequado para o tamanho do seu time e, mais do que isso, para a mentalidade da sua torcida.

P.S. Participe da comuinidade que resume bem o glorioso alviverde: O Juventude é uma vergonha

sábado, 4 de julho de 2009

Uma manhã fria sem geada

Ao som de: Metallica: The memory remains

No meio da madrugada lá estava eu fazendo meu trabalho. Trabalhando no que sou muito bom.

No caixa 24 horas do iguatemi, a constatação de que é o caixa mais rápido da madrugada. Todo mundo muito ligeiro.

Na rodoviária, depois de ouvir que eles se conhecem a 20 anos, vi que minha cruz não é tão pesada. Quando vi que o chapéu dele ficou muito melhor nela, abri mão de 3 perguntas como quem joga Bxh7+. E ela respondeu o nome dela como quem sai de uma tentativa de xeque mexendo um peão 3 jogadas antes. Perguntei a idade e o signo meramente para cumprir tabela. Há um elo que une todas as Lias que conheci: nenhuma delas veio ao mundo a passeio.

Mesmo sem pernada, ganhei uma pastelina e um vanilla de presente. E diante do sótão dele, um arroxo estratégio e uma distância regulamentar. Há respeito entre as pessoas que entendem o sagrado gesto de apontar para o próprio nariz sem que seja preciso dizer palavra.

Boa viagem pros dois. Se pudesse iria também eu para porto alegre. Minha alma invariavelmente se sente em casa lá.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Verde.Quente.Erva.Ventre.Dentro.Entranhas.

Velha infusão gauchesca
De topete levantado
O porongo requeimado
Que te serve de vazilha
Tem o feitio da coxilha
Por onde o guasca domina,
E esse gosto de resina
Que não é amargo nem doce
É o beijo que desgarrou-se
Dos lábios de alguma china!



A velha bomba prateada
Que atrás do cerro desponta
Como uma lança de ponta
Encravada no repecho
Assim jogada ao desleixo
Até parece que espera
O retorno de algum cuera
Esparramado do bando
Que decerto anda peleando
Nalgum rincão de tapera!

Velho mate-chimarrão
As vezes quando te chupo
Eu sinto que me engarupo
Bem sobre a anca da história,
E repassando a memória
Vejo tropilhas de um pêlo
Selvagens em atropelo
Entreverados na orgia
Dos passes de bruxaria
Quando o feiticeiro inculto
Rezava o primeiro culto
Da pampeana liturgia!

Nessa lagoa parada
Cheia de paus e de espuma
Vão cruzando uma, por uma,
Antepassadas visões
Fandangos e marcações
Entreveros e bochinchos
Clarinadas e relinchos
Por descampados e grotas,
E quando tu te alvorotas
No teu ronco anunciador
Escuto ao longe o rumor
De uma cordeona floreando
E o vento norte assobiando
Nos flecos do tirador!

Sangue verde do meu pago
Quando o teu gosto me invade
Eu sinto necessidade
De ver céu e campo aberto
É algum mistério por certo
Que arrebentando maneias
Te faz corcovear nas veias
Como se o sangue encarnado
Verde tivesse voltado
Do curador das peleias!

Gaudéria essência charrua
Do Rio Grande primitivo
Chupo mais um, pra o estrivo
E campo a fora me largo,
Levando o teu gosto amargo
Gravado em todo o meu ser,
E um dia quando morrer,
Deus me conceda esta graça
De expirar entre a fumaça
Do meu chimarrão querido
Porque então irei ungido
Com água benta da raça!!!

-Jayme caetano Braun - Amargo

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Normalmente ganha o melhor time

Eu ia escrever alguma coisa sobre o Inter, mas achei uma piada mais engraçada. Mais engraçada até do que o cara do Corinthians ter comemorado o gol com um moonwalk. De qualquer jeito, parabéns colorados: melhor do que perder é perder e fazer fiasco.

Asuzana e Alíbera se superando cada vez mais. E mostrando que não há o que não haja.