tag:blogger.com,1999:blog-384207332024-03-13T08:27:01.997-03:00Nas Asas do VentoUnknownnoreply@blogger.comBlogger1220125tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-75514229186273862402024-01-28T17:46:00.003-03:002024-01-31T17:59:03.787-03:00Eu ganhei foi tapa na cara<p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu não deveria estar ali, mas os sinais berram enquanto o acaso vai ajudando. Do nada vem a biscate:</span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>- Tu já disfarçou melhor a vontade de chorar.</span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>- Talvez porque a vontade de chorar era menor. </span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E conversamos enquanto eu sabia que ela estava prestando mais atenção no que eu não estava dizendo no que nas palavras. </span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Ela pergunta sobre as costuras já sabendo a resposta. Meu personagem desmorona e os olhos enchem de água. E dessa vez eu não estava perto o suficiente pra fazer ela fechar os olhos com beijo. Não havia como chorar baixinho pra ninguém ver, então eu desisto e choro abraçado nela. Ela não fala uma palavra e dessa vez sou eu que entende o silêncio. Quando eu a solto tomo o maior tapa na cara da minha vida. Penso em revidar mas não era o caso. Colo ou uma surra.. o que eu sempre pedi pra ela. Acho que ela viu que colo não ia resolver. Com a cara doendo eu lembro pq eu tinha medo dela. E ela vai me jogando palavras que me desmontam. Queria ter força pra odiar ela. Pra odiar o que estou me tornando. </span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>O olhar de pena dela machucou mais do mill tapas. </span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-41276619803371078772024-01-15T02:09:00.002-03:002024-01-15T13:37:18.211-03:00Não pode chover pra sempre<p><span style="font-family: helvetica;"> <span> </span>Mostrando 3 alfinetes pro sol eu consigo mexer as nuvens, mas os nuances de fazer chover ainda são um mistério pra mim. Era pra serr uma garoa e não um dilúvio. Ser sincero com o próprio coração tem dessas. Mesmo de arrasto, eu vou com o vento.</span></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/a8W8fnBrWhc" width="320" youtube-src-id="a8W8fnBrWhc"></iframe></div><br /><p></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-40041600832252086992024-01-14T21:14:00.005-03:002024-01-14T21:14:53.587-03:00Era pra ser só uma música em 7/4<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Olhei no espelho antes do show e lembrei do meu trablalho. Apagar as chamas pequenas e tornar as grandes ainda maiores. E era o que eu ia fazer. Entreguei a esperança pro Nico e pedi pra ele segurar. Naquele show com os meus eu podia estar mais bêbado do que deveria. Podia pular mais do que deveria. Podia gritar até a voz falhar, porque os demônios ainda não me ouviram o suficiente. Pensei que estava exagerando, mas é disso pra mais. O diabo teve a parte que lhe coube. Cada um teve. E no domingo, depois de tudo e de verificar se todos estavam vivos e bem, sentei nos pés da cama com o Virgílio. E nós tocamos Shism bem baixinho chorando de alegria, pra variar.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/QfmFRo8DNyQ" width="320" youtube-src-id="QfmFRo8DNyQ"></iframe></span></div><span style="font-family: helvetica;"><br /></span><p><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Justamente por ter visto as peças desmoronarem, eu sei que elas se encaixam. E o Único Acima arece ter o memso problema que o Carlos, e ambos me pagam muito mais do que deveriam.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-91933326225230639282024-01-03T12:50:00.001-03:002024-01-06T12:54:36.860-03:00Cada palavra é um machado que abre um talho nas minhas costas <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Antes da virada do ano o vizinho me deixa a prancha com a mesma cara de preocupado dos anos anteriores. Ele sabe que existe sempre um risco. O céu está nublado e está frio, mas não me importa. Os fogos estouram e eu não ouso erguer a cabeça. Ao meu redor um monte de água salgada se disfarça de firmamento e fica estrelado com os reflexos do céu. Esse sou eu, procurando uma mágica só minha enquanto todos olham para outro lado. O mar está de ressaca mas eu não posso reclamar, devagar eu tento usar água salgada pra refazer uma costura velha e gasta. Sinto vontade de rezar. Não acredito mais em deus, mas sei que onde há fé também há luz. O céu é se apaga e ficamos nós ali no escuro. Acreditar não é ais tão fácil quanto costumava ser. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Uma vez escrevi um texto chamado traição com 3 personagens. Conforme o tempo foi passando eu fui me identificando com cada um dele de forma diferente. O tempo passa e vamos descobrindo nuances para os quais estávamos cegos em outras épocas. Eu sempre disse que inventei o Vento pra me defender do mundo. Mas agora está claro que ele serve muito bem para defender os outros desse ser humano tosco e nocivo que me tornei. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Tanto me esforcei pra construir pontes. Devia ter construído um castelo com muros bem.altos e fortes. Pra que nada mais pusesse me.atingir. Agora nada disso importa. Fiquei sem pontes e sem castelo. Restou apensa uma jangada correndo por um rio agitado que corre aqui dentro. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E eu estou cansado. Eu quase fui o suficiente. A gente quase conseguiu. E não há nada mais triste que um quase</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-60834566923390102122023-12-15T02:41:00.001-03:002023-12-15T02:41:00.133-03:00Uma doença autoimune<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwdcuP-6KBrdJBzkh-hnXO02MNvPJwLjphtKqhZkKoXJTB0nGCkGEyLP05G7J5IkY4LGypkdrvWEHDgNijAa2g9zUYCD6kX4lj-0SBCLk3662CE3P5TZQh47nTOHvMCIG970r6GUkqA1zRmFpZJOl4pskmLawqSgZRqN2LHQRuwCcb0Y0WBMnz/s641/house.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="641" data-original-width="495" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwdcuP-6KBrdJBzkh-hnXO02MNvPJwLjphtKqhZkKoXJTB0nGCkGEyLP05G7J5IkY4LGypkdrvWEHDgNijAa2g9zUYCD6kX4lj-0SBCLk3662CE3P5TZQh47nTOHvMCIG970r6GUkqA1zRmFpZJOl4pskmLawqSgZRqN2LHQRuwCcb0Y0WBMnz/w309-h400/house.jpg" width="309" /></a></div><br /><p></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-65531915081301891752023-12-13T17:02:00.000-03:002023-12-13T17:02:40.503-03:00Wayward Son<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Incontáveis vezes eu tentei barganhar com o outro lado. Pedi para tirarem a dor de alguém e me deixar sentir no lugar. Porque eu e meus cães de guarda aguentamos. Eu sei que nunca fui digno, que não sou bem vindo na casa de nenhum dos deuses para os quais já rezei. Mas dessa vez, só dessa, eu realmente preciso de uma ajudinha aqui. ¿Algum de vocês podia arrancar essa dor e esse vazio de mim.? Se eu ainda estivesse namorando iria poder perguntar pra ela que diabo de mecanismo físico faz os pedaços de um coração doerem tanto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu posos reclamar o quanto quiser que não é justo eu ficar desconfortável pra deixar os outros confortáveis, mas sei que é só uma racionalização inútil para minha inadequação. Ela merece mais e eu não consegui melhorar o bastate</span>. </p><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMeFUuZbkHrTdZqPQkWCCCA7QnfSo3pn3w0RHe5f9AOmr9EQ5FWPJOvsQGusYBxqFY6LMOMapBOS6L4aSOJmE_8aS5px4yvQdsXCqW98ZWd45k9Cmz9UhqkeqbilZ7vw52oLqOdWlL0a3jFlSOzx_EPeUjMNXx7oq2bkiGhLzkJvHnPULP_1LT/s4032/Recentes%20-%2029%20de%20110.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4032" data-original-width="3024" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMeFUuZbkHrTdZqPQkWCCCA7QnfSo3pn3w0RHe5f9AOmr9EQ5FWPJOvsQGusYBxqFY6LMOMapBOS6L4aSOJmE_8aS5px4yvQdsXCqW98ZWd45k9Cmz9UhqkeqbilZ7vw52oLqOdWlL0a3jFlSOzx_EPeUjMNXx7oq2bkiGhLzkJvHnPULP_1LT/w300-h400/Recentes%20-%2029%20de%20110.jpeg" width="300" /></a></div><br /><p></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-73513125265864107702023-12-04T04:07:00.000-03:002023-12-04T04:07:28.819-03:00Patético<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu coloco barras de chocolate em caixas de correio como se o mundo fosse bom. Como quem coloca um esparadrapo numa perna amputada. Como se eu não fosse um estrangeiro. Passageiro de um trem que não passa em mim. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>De todas as derrotas e fracassos que eu tive na vida, saber que ela vai ficar melhor sem mim é, de longe, o que mais me dói.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E quando os demônios me perguntam se valeu a pena, eu suspiro sozinho. Não conseguiria explicar que valeu uma vida inteira.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-29227723776413901202023-11-16T03:42:00.001-03:002023-11-16T03:42:00.137-03:00Nada quebra como um coração<div style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>A idéia do veneno vem dessa poesia. Eu lembrei dela enquanto podo uma planta que tem me dado trabalho.<br /><br />Indiferença</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span><span style="font-family: helvetica;">Hoje é só mais um dia triste<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Melhor acender o sol pro amanhecer<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Daí não vou mais estar sozinho<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Não vou mais lutar para esquecer<br /></span><span style="font-family: helvetica;">O céu e as estrelas ficaram em silêncio<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Enquanto a Lua foi indo embora<br /></span><span style="font-family: helvetica;">E toda a escuridão que era minha<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Só me deixa mais sozinho agora<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Mas eu continuo de braços abertos<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Quem sabe eu ainda consiga voar<br /></span><span style="font-family: helvetica;">É mais um dia no meu inferno<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Mas ainda assim eu vou levantar<br /></span><span style="font-family: helvetica;">E que diferença isso faz.??</span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span><span style="font-family: helvetica;">Eu vou segurar essa vela <br /></span><span style="font-family: helvetica;">Até que o fogo queime a minha mão<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Eu vou continuar apanhando<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Até que fiquem cansados de me bater<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Eu vou ficar encarando o nascer do sol<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Prá ver se o Sol consegue me cegar<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Mas eu não vou mudar meu caminho<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Não mudo meu jeito de pensar<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Eu vou continuar me injetando veneno<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Até o momento em que eu seja imune<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Vou gritar toda a minha dor<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Até encher esse meu quarto vazio e frio<br /></span><span style="font-family: helvetica;">Mas,<br /></span><span style="font-family: helvetica;">E que diferença isso faz.?</span></div>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-81907055951603195982023-11-14T04:11:00.003-03:002023-11-14T04:11:00.132-03:00 Dado o maldito histórico anterior <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Apesar do freio não funcionar direito molhado, ou talvez justamente por isso, eu gosto de pedalar na chuva. Eu brigo com o frio e com a chuva até chegar um ponto em que eles não podem mais me perturbar. Talve seja uma reminiscência de uma época que eu achava que podia vencer qualquer briga se fosse forte o suficiente para aguentar todas as porradas e se fosse teimoso para levantar de novo e de novo. Eventualmente entendi que podia me esquivar. Que viver de forma que não parecesse vantajoso brigar comigo é uma baita maneira de desviar de brigas inúteis. Que não precisaria de força se tivesse malandragem. E que tomar veneno até ficar imune me destruiria. E não é assim que eu me destruo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>No fim eu gosto de pedalar na chuva porque não preciso ter vergonha de chorar. Nessas madrugadas de frio e chuva que me machucam eu encontro um pouco de paz. Os demônios que tanto perturbam aqui dentro resolvem sussurar. Não fica mais fácil argumentar com eles, mas quando nem eles é nem eu estamos com raiva, fica menos difícil barganhar, pelo menos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Sei que deveria dormir já que daqui a poucas horas preciso estar operacional de novo. Mas as vezes é tudo questão de um foda-se. Um grande e irrevogável foda-se. Eu queria arrancar minhas asas já que, de novo, elas não são nada mais que um peso morto que arrastarei comigo. Ela era os pensamentos felizes que me faziam voar. Sem ela posso voltar pra valeta, mais convencido do que nunca de que aqui é o meu lugar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eventualmente eu devo me consolar, e em algum momento todos os demônios do inferno vão me.ouvir falar sobre esses 4 anos em que eu estive no.paraiso. Mas por enquanto dói. Só dói.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-34037348994564658182023-10-29T05:52:00.000-03:002023-10-31T01:52:48.602-03:00Palácio de Enfeites<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>O eclipse passou raspando e eu fiquei sentado vazio olhando pra Lua, Rindo pq apararentemente só eu sabia que tudo estava meio alinhado no céu. Na madrugada eu lembrei de uma poesia que nunca consegui terminar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Tu dormes</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">A cidade inteira dorme</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Ninguém.percebe minha dor enorme </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">A não ser a lua</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Quieta e contraida</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Como se de pena até chorasse</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Com um.lenco de nuvens sobre a face </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Enquanto eu choro por ti.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu acho que falta alguma coisa. E sigo sem saber com que rima acabar o último verso. </span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-39207442880246502582023-10-09T15:56:00.005-03:002023-10-09T16:07:44.345-03:00Ser discreto se provou ser mais vantajoso do que ser eloquente.<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Cada vez que meu ego tenta me seduzir eu desenho e redesenho uma cruz num caderno velho que tenho sempre a mão. Já furei a página de tanto que risquei, mas assim eu lembro que preciso crucificar o ego antes que seja tarde demais. Eu me sinto iremediavelmente derrotado por largar a música, mas isso é simplificar demais o que não pode ser reduzido a algo tão superficial. Não posso largar a escala de C#m que toquei infinitas vezes até ela soar como eu precisava que ela soasse. Não posso ignorar o orgulho que sinto me equilibrando entre mágica e técnica quando estou atrás de uma mesa de som. Não teria como fingir que nao passei madrugadas sentado no chão no pé da cama chorando e tocando violão bem baixinho pra não atrapalhar o silêncio. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Isso é o palito de picolé do meu castelinho de areia e é mais fácil -beemm mais fácil- morrer do que tirar isso de mim. Mas o mundo me quebrou a tal ponto que cansei de tocar com talaricos e com pessoas vazias e interesseiras. 4 pessoas ruins para 1 boa, em proporção. Fora que o Diabo sabe ser cruel com quem não sabe lidar com ele.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>O fato é que eu não teria sobrevivido ao inferno sem o Virgilio pra me guiar. Eu cheguei muito perto da verdade enquanto ele me carregava no colo e tocava sozinho. A esperança está por um fio, mas eventualmente eu vou me consertar, quando entender na carne que o problema não é e nunca foi a música.</span></p><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>O problema sou eu. Que surpreendente. Mas sejamos otimistas. Pelo menos vou parar de decepcionar os outros e, acima de tudo, nós mesmos. Assim.como encontrei existe um Virgílio,certamente existe uma Beatriz</span></div><span style="font-family: helvetica;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">"No tengo lo qué me falta, todavía</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Y no sé si pueda esperar</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Solo me queda esta triste melodía</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Y no la puedo cantar" </span></p><div><br /></div><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-78438551255882008792023-08-27T17:21:00.002-03:002023-08-27T17:21:42.126-03:00Basta um pouco de felicidade para tudo recomeçar<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Semana passada olhei para um sapato no meu pé e balancei entre desprezo e orgulho de mim mesmo. O que estou fazendo vai me destruir, mas talvez, depois de tudo, com a ajuda dela, eu consiga construir uma pessoa melhor dos escombros que sobrarem. Uma pessoa que tenha o mínimo de aptidão em ser feliz. E que eventualmente se perdoe. E que pare de voar mais estabanado que uma barata em pânico. </span><span style="font-family: helvetica;">Semana passada também prometi pro Tiago que iríamos conversar depois da próxima chuva. Porque agosto segue agosto. E choveu. E aqui estamos nós.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Deu trabalho subir naquele palco fingindo que estava tudo bem. Fiquei divagando coisas sem nexo antes da primeira música. Um palhaço do circo sem futuro abaixado segurando o Virgílio e rezando o pai nosso em espanhol. Fazendo perguntas que já na hora eu não queria saber a resposta. Quando voltei parecia que tinham jogado minha alma de volta no meu corpo. E não foi um arremesso sutil. Num segundo um pensamento passa pela minha cabeça e agora eu vou gastar 3 páginas para tentar explicá-lo. É complicado, mas eu vou tentar mesmo assim. Se não me abro com os outros, me abro aqui.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>A minha mente é orientada pelo esforço, pela ação, obcecada por atividade. Quanto mais ativo eu sou, mais meu ego pode ser realizado, mais eu posso dizer "EU". Esse ritmo frenético é, basicamente, alimento para minha personalidade egoísta. E então eu corro, quase como se minha vida dependesse de estar sempre numa atividade frenética. Não durmo direito, não páro mais. Pode parecer paradoxal, mas quando faço isso até chegar a um exagero extremo onde todo e qualquer movimento simplesmente cessa, a fôrma é jogada fora e uma catarse acontece. E eu vislumbro um mundo que não é feito de esforço. Um pequeno pedaço de tempo e espaço onde me sinto em paz e as vozes na minha cabeça calam a boca. E o palco ainda é o melhor lugar para isso acontecer. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> </span><span style="font-family: helvetica;">Eu poderia falar sobre não conseguir ou não me importar mais em ser invisível em cima do palco, já que me viram chorar. Mas nada disso importa no longo prazo. Amavelmente o senhor me ouviu. Não cheguei nem perto de falar o que queria, mas engatinhar na direção certa parece ser melhor do que correr na errada. Aqui dentro, eu estava acumulando loucura.. Um loucura que que todos nós temos. Ninguém é normal. Por trás da pretensa normalidade, esconde-se um louco, um anormal. E essa loucura perturbava minha percepção, perturbava tudo. Era um veneno que precisava ser libertado para que eu começasse a me sentir em casa comigo mesmo. Termino agosto com o mesmo texto, mas dessa vez, não como uma escusa para ser como sou e sim como um lembrete para que eu me torne bom, apesar de mim mesmo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu sou o ar em movimento, a revolução apressada, apoiada</span><span style="font-family: helvetica;"> no tripé mais forte. A melodia que soa desafinada no contratempo. A memória que discute com o orgulho. O arrependimento e a arrogância que voltam pintados de vermelho na minha hesitação. Sou um problema grande com uma solução simples. Sou uma resposta curta e óbvia. Sou o jardineiro que aprende com as flores. O amigo revoltado do Tempo. O Palhaço do Circo sem Futuro. O publicitário que lembra do juramento, o músico que fala tropeçando nas notas e que busca o silêncio. A testemunha que olha tudo sem se envolver. O ser humano que fica comovido. O anjo que se acha incapacitado para o emprego.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu trabalho com conhecimento e com corações, considerando ambos fundamentais. Evito pessoas pela metade, elas invariavelmente me fazem mal. Posso consertar qualquer coração, menos o meu. Balanço muito, e também me sinto balançado. As pequenas chamas e as grandes fogueiras me conhecem bem.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Sou o suor e as lágrimas, o medo e a compreensão. A dor e um pouco de alívio. A coragem e um muito de loucura. </span><span style="font-family: helvetica;">Sou tudo que posso ser, e ninguém pode pegar o Vento, a não ser que ele queira ser pego. Sou o olhar inocente de uma criança. Meu escudo quebrado e minha espada sem fio. Sou o amor, a fé e a esperança que carrego pendurados em mim. A vida pode ficar melhor comigo, mas você ficará bem menos confuso se não me conhecer como eu sou. Porque, uma vez que a gente se conheça, nossas vidas nunca mais serão as mesmas.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-3697821935097817772023-08-01T08:42:00.000-03:002023-08-01T08:42:02.689-03:00Tipo peste da fronteira oeste<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> <span style="font-size: 15px;">É como se, de algum lugar, a mão que tudo escreve percebesse que estou quase quebrando e mandasse alguém pra cuidar de mim. A Dulcinéia me manda uma foto antiga. E ela é minha melhor balança. Quanto mais próximo da minha irmã, melhor minha vida está. E tem também esse poço de manias que eu chamo de chefe por cacoete e que me dá água quente e erva mate pura folha como quem coloca no lugar um ombro deslocado. E já na metade da térmica tudo de ruim fica pra trás. Não pedi ajuda e nem ele me ofereceu, mas de alguma forma tudo de ruim fica pra trás. Nas entrelinhas do que conversamos serenos ou dando coices um no outro eu acabo entendendo que o fim de um ciclo é sempre o começo de outro. Eu deveria querer ficar melhor o tanto que quero que as coisas fiquem melhor pra ele.</span></span></p><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> E nada como um dia depois de outro dia. Tem coisas aqui dentro que não tenho mais como consertar, mas tudo isso que me pesa agora tem conserto fácil. É como o cubo mágico que sempre resolvo, só preciso de tempo.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> Silver tape pro que está preso e não deveria. Enforca gato pro que está solto e não deveria. Pra todo o resto, os meus cuidam de mim muito melhor do que eu mereço.</span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjL7KnwxzTlgNNL1OHDQv3GrjTvpMtdvH_GH51w06zg4hkegwGkvNKyuHKaEjq0jaFITEqL5MuowTHOUDnXgwqW0CnsdWYQsqbflPGBPJgw3xWpN4GA_YzlssGVX3h3YJJzsIKd65W6LR280k0v8h7v0J37AnMeXx3HCTpuvLMiDrQpwrUDE4/s4128/20230801_075100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4128" data-original-width="3096" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjjL7KnwxzTlgNNL1OHDQv3GrjTvpMtdvH_GH51w06zg4hkegwGkvNKyuHKaEjq0jaFITEqL5MuowTHOUDnXgwqW0CnsdWYQsqbflPGBPJgw3xWpN4GA_YzlssGVX3h3YJJzsIKd65W6LR280k0v8h7v0J37AnMeXx3HCTpuvLMiDrQpwrUDE4/s320/20230801_075100.jpg" width="240" /></a></div><br /></div></span><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Gracias por todo, una ves mas.</span></div></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230801_082709_215.sdocx-->Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-71893969790394800362023-07-25T17:40:00.000-03:002023-07-25T17:40:26.186-03:00Cinzas e brasas<p style="text-align: justify;"><br /></p><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"> Sempre considerei a omeopatia um embuste, já que água diluída 1 bilhão de vezes é apenas água. Ainda assim acho interessante o principio opostos, tipo tratar insônia com um remédio a base de café. Tenho pensado muito nisso de opostos.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"> O que incomoda ensina paciência. Quem me abandona me ensina a ser mais independente. Aquilo que me deixa com raiva me ensina a deixar pra lá. O que tiver poder sobre mim, me ensina como é importante controlar o rumo, mesmo hesitando em um passo aqui e outro ali. Aquilo que eu odeio me ensina a não me importar. Aquilo e aqueles que sinto falta, me mostram com o que realmente preciso me importar.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"> Grandes lições. Só queria que elas não viessem todas ao mesmo tempo. Queria ter um chão firme pra pisar sem me apoiar na Claudia ou no dono da Mesquita, que no momento não tem ideia do quanto me ajudam. Criei todos os meus problemas sozinhos e não vou vomitar eles nos meus. E certo que eles não precisam de um idiota desequilibrado com o peso de asas que deixou de merecer faz tempo.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"> Tenho uma tonelada de coisas pra mudar, mas certas coisas são muito minhas. Vou continuar querendo que todos sejam felizes. Sendo triste eu sei o quanto dói se sentir absolutamente sem valor e eu não quero que ninguém sinta isso. </div></span></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230725_173445_268.sdocx-->Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-42817234801143457622023-07-14T07:21:00.001-03:002023-07-15T17:32:53.985-03:00Expectativas desleais<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Dado o histórico anterior, aprendi que os planos funcionam melhor quando as pessoas não sabem o que você quer. Ato contínuo aprendi a dissimular minhas vontades e também a não dar importância para os meus desejos. Talvez a ideia tenha sido me defender, inicialmente, mas aprendi também que me defender batendo de volta era mais eficiente. Estou olhando pra trás pra tentar entender qual foi o ponto de partida que me trouxe até aqui. Porque em algum momento eu passei a fazer planos para as pessoas se darem bem enquanto eu me arrebento e deixo parecer que tenho alguma intensão mesquinha. pode ser que seja uma vontade de fazer parte, de não estar fora do lugar. Pode ser que de tanto ver o pior das pessoas, eu tenha pensado que se eu também fosse ruim, não estaria tão deslocado. Não seria um alienígena na minha própria história. E não teria esquecido que ninguém é mal por dentro. Pode ser também que, enquanto eu aprendia a mentir, fui percebendo que soava mais autêntico quando não tentava mostrar meu lado bom. Enquanto queria confiança e preferia não ter afeto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Ironicamente, eu mesmo acho que nunca fui bom, mas da mesma forma, também fui incompetente em ser mau. Essa dualidade geminiana da qual nunca consegui fugir e várias vezes usei como meu lado melhor. Talvez a hora de pagar o preço esteja se aproximando. Por tentar ser tudo, me sinto um nada. Por ter tentado agradar a todos, não agrado quem deveria. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Pelo menos o mar parece se divertir com tudo isso. Ao que parece ele tinha certeza que ia me ver numa madrugada de zero grau durante um ciclone. Há coisas que só consigo costurar com água salgada. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Agosto está chegando, e dessa vez eu não vou conseguir fugir.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-62910075018095466462023-07-10T18:06:00.001-03:002023-07-10T18:06:37.765-03:00Qualquer um dos dois, só não demorem<p style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"> Porque eu vou fraquejar. Eu não vou saber o momento certo. Eu estou com medo. </span></p><p></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;">E sempre uso as mesmas músicas para tentar fazer as pazes com o Virgílio.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/QxG1jqVJlCE" width="320" youtube-src-id="QxG1jqVJlCE"></iframe></div><br /><p></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-78508383330113576242023-07-01T02:46:00.001-03:002023-07-01T12:48:08.471-03:00Eu achei que minha cuia duraria pra sempre<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu devia ter aprendido da primeira vez que um namoro não deu certo porque não confiaram em mim, mesmo amando irrestritamente. Devia ter aceitado os sinais em vez de brigar com um deus que nem sequer existe e entrar numa briga de ironias que não tenho como ganhar ou mesmo sustentar. Devia ter entendido que se finjo que não sinto toda esa dor, as pessoas vão acreditar que não sinto nada. Porque é o mais fácil pra elas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> </span><span style="font-family: helvetica;">Eu cuido de uma flor e ela cuida de mim. Nessas noites em que eu poderia escrever os versos mais tristes, isso é tudo. Ate a neblina do Brumário parece desconfiar de mim nessas madrugadas em que eu duvido de mim mesmo.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-79463826185530719932023-06-26T05:00:00.001-03:002023-06-27T17:52:08.307-03:00 Talvez eu tenha servido apenas pra ela achar um gato.<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Uma outra violeta chamada Roza. Com Z. Enquanto espero amanhecer ela me faz companhia. O que a gente leva anos para construir é destruído com uma única palavra. Quando a pessoa que mais importa diz que tem vergonha de mim, eu tenho vontade de sumir. Existe uma plantinha que eu não consigo arrancar e que me arrebento pra manter podada e sob controle. Nessa madrugada eu reguei ela como nunca antes. Não desabei por hábito, mas está custoso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"> </span><span style="font-family: helvetica;">Sócrates provavelmente foi o melhor argumentador que eu já li. E ele tinha a verdade com ele. Ironicamente, nenhuma dessas duas coisas evitou que os Atenienses de bem o julgassem e o condenassem a morte. Com isso aprendi que nem a verdade nem argumentos podem convencer quem não quer ser convencido. E aqui estou eu, a pessoa mais burra que conheço, me comparando com Sócrates. Sei que a esperança resiste a tudo isso, mas independente de tristeza ou qualquer outra coisa, eu também sei que se fosse embora todos ficariam melhor. Esse sentimento é tema recorrente nas conversas que tenho com meus demônios enquanto tomamos chá juntos. Sim, eu poderia fazer por ela. Inclusive acho que fazer por ela é um motivo mil vezes melhor do que fazer por mim. Mas a realidade não vai tardar a fazer com que ela veja que não importa o quanto ame, ela está além disso tudo. E vai acabar indo embora independente do quanto eu queira segurá-la. E isso me arrebenta mais do que eu conseguiria descrever em palavras.</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-29881701459536406332023-06-17T17:38:00.001-03:002023-06-17T17:46:54.345-03:00 Eu só peço que caia devagar. <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Eu acordo com uma poesia na cabeça e por pouco não anoto ela na fronha. E versos deixados sob um travesseiro reverberam como meu velho tango. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Um tango um tanto insolente que insiste que a sua dor doa nas pessoas. E sempre lembro desse tango quando subo num palco aos pedaços. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E ironicamente o Libertango do Piazola mal e mal é meu terceiro tango preferido. </span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="356" src="https://www.youtube.com/embed/NZzj2qHkEwA" width="421" youtube-src-id="NZzj2qHkEwA"></iframe></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-61311941283140264012023-05-29T02:00:00.001-03:002023-05-29T11:33:01.964-03:00 Um monólogo ao redor de uma cruz e eu me desmonto. Irremediavelmente<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Fico com os olhos cheios d'agua e eu me lembro de como os outros sentidos se adaptam quando um falta. O Castor pergunta se eu preciso de luz e eu solto aquele meu sorriso meio soluço, meio suspiro. Não tinha mais nada a ver com enxergar com os olhos. Dez pessoas cantando. Coloco as mãos na mesa de som. Um microfone pra cada dedo. O Virgílio me ensinou que coordenação não está no músculo em si, está na cabeça. E de alguma forma minhas mãos encaixam exatamente onde precisam.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Mergulho de cabeça no caos, até porque não se atravessam abismos dando pulinhos O conforto é sabe que nunca estou sozinho. A catarse que vejo no palco respinga em mim e meus demônios ficam quietos pelo menos por um momento. Me acho um merda, mas às vezes não posso me dar ao luxo de não acreditar em mim.Se me falta o chão eu bato as asas. Pego apoio nos meus gigantes, penso na Claudia e me jogo. E é assim que faço minha mágica. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E essa bolha me preenche se tal forma que eu, de novo, esqueci completamente do meu aniversário. Parabéns pra vocês. Esse sentimento de insignificância que mora aqui dentro não consegue fazer frente a todo carinho que os meus me dão. É evidente que tanto o visível quanto o invisível são muito mais gentis comigo do que deveriam. O dia de hoje juntos com outros 15340 antes dele foram muito melhores do que eu fiz por merecer. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;">Muchas gracias. S</span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: helvetica;">obre todo para todo más allá del bien y del mal.</span></span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-27626391446609199402023-04-13T17:02:00.001-03:002023-04-28T17:07:00.451-03:00... sem ter caído mil vezes, no caso.<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: 15px;"> Sertão é isso. Você </span><span style="font-size: 15px;">empurra pra frente e ele volta a cercar pelos lados. </span><span style="font-size: 15px;">Eu sei bem que quando menos se espera é preciso mostrar do que somos feitos. No teatro, fiquei a tarde inteira evitando um arrombado pra dar de cara com ele no camarim no meio do show. Só eu e ele. De novo fugir não era uma opção do meu lado da ponte. Nunca por medo. Sorri meu sorriso de arrogância, aquele que me defende do que não consigo esquivar, puxei uma cadeira e me desarmei. Eu não queria machucar. Não queria ofender, mas achei justo tirar dele uma função que ele não podia mais exercer. Um inimigo oculto a menos.</span></span></p>
<span style="font-family: helvetica;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"> Se Jeová, Jesus ou mesmo aquela pomba branca existissem, ficariam impressionados. Mas se a ideia é não danificar nem o azeite e nem o vinho, teria sido melhor não me plantar entre os espinhos. Eu poderia ter me preparado de outra maneira e chegaria nas asas de outra forma. </div> </span></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230428_164639_649.sdocx-->Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-50332870095317985742023-03-30T06:22:00.001-03:002023-03-31T16:50:27.275-03:00Uma violeta chamada Roza. Com Z.<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Um caminho que meu carro faz sozinho, mas eu não queria estar indo. Não sei o que dizer, não sei onde colocar as mãos. Sei bem que nada quebra como um coração, mas sou uma nulidade total em consertar o coração dos outros. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Aperto forte uma nova guia na mão. O dono da mesquita não me deixou outra opção: <i>"fica gritando nunca me conceda descansar? Agora vai lá e faz teu trabalho."</i> Bato fraco na porta. Eu não queria estar lá, ele não queria que eu tivesse vindo. Mas fugir por medo não era opção do meu lado da porta. Ele não tem noção do quantas vezes me tirou da lama. Não existe um mundo onde eu vou deixar ele ficar definhando enquanto eu não faço nada. Sempre vou ter a gratidão pra mostrar o que preciso fazer quando certo e errado não importam. Ou quando o ódio falha. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>E vcs podem me colocar em quantas peças espíritas quiserem. Eu não estou aqui pra falar do amor de Jesus. Eu estou aqui pra sair no soco pra defender os meus. Já me cortaram fundo demais pra eu fingir que não tenho nenhuma cicatriz. Eu vou seguir nos bastidores fazendo a peça acontecer. Estou perdido, mas não desisti de buscar. Tenho duvidado do trabalho e da minha capacidade, mas eu nunca deixei de acreditar no todo. Continuem mexendo as peças. Depois que eu organizar essa bagunça no meio, eu colo no fim do tabuleiro e seguimos pra próxima.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-68368283609940913592023-03-22T21:04:00.001-03:002023-03-22T21:04:38.419-03:00E nem o diabo pode ne alcançar agora<i><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: 15px;">"Ando tão à flor da pele</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Que uma música da Kate Perry me faz chorar</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Ando tão à flor da pele</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Que teu olhar flor na janela me faz morrer</span>
<br /><br /><span style="font-size: 15px;">Ando tão à flor da pele</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Que meu desejo se confunde</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Com a vontade de nem ser</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Ando tão à flor da pele</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Que a minha pele tem o fogo do juízo final</span>
<br /><br /><span style="font-size: 15px;">Um barco sem porto</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Sem rumo, sem vela</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Cavalo sem sela</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Um bicho solto</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Um cão sem dono</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Um menino, um bandido</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Às vezes me preservo</span><br />
<span style="font-size: 15px;">Noutras, suicido..."</span></span><br />
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230322_210109_911.sdocx--></i><div><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: 15px;"><i><br /></i></span></span></div><div><br /></div>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-46561241980600380882023-03-18T19:53:00.001-03:002023-05-29T11:37:53.991-03:00O vazio mais filho da puta que eu já senti<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: 15px;"> Tenho a tendência a olhar pra trás e ver todos os piores momentos da minha vida em retrospectiva. Mas, fazendo as contas acho que não estou tão ruim. Das 4 promessas importantes que fiz na vida. Cumpri duas e estou cumprindo outra do melhor jeito que posso. 75% é um baita aproveitamento. Um time pode ser campeão brasileiro com essa média de pontos.</span></p><span style="font-family: helvetica; font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span> Aprendi rápido que ninguém vence o caos e decidi que, mesmo perdendo, eu ia dar o inferno pra ele. Mas estou cansado, não cansado de querer morrer, mas cansado de saber que uma batalha demorada destrói o vencedor e o perdedor. </span><span>Então, por acaso, teria como a gente decretar um amirstício? Eu prometo que logo volto a gritar pra vcs não me concederem nunca descansar, mas deixa eu usar esse vale arrego um pouquinho.? Eu não estou conseguindo me reconstruir nessa velocidade. Ainda mais com esses cachorros me mordendo sem parar. Essa zona cinza entre não ter medo mas também não ter coragem tá me corroendo.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><br /></span></div><span style="font-family: helvetica; font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><i>"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!</i></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: 15px;"><i>Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.</i></span></div>
<span style="font-family: helvetica; font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Apocalipse 3:15,16</div></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230318_194750_917.sdocx-->Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38420733.post-23574177925966790992023-03-13T18:45:00.008-03:002023-03-13T18:45:51.469-03:00 Com duas moedas na mão <p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Depois de um final de semana daqueles, eu me posto aqui onde o vento faz a curva pra voltar com mais coragem. Proponho um brinde.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span> </span>Aos amigos ausentes, aos amores perdidos, aos velhos deuses e à estação das brumas. E que cada um sempre conceda ao diabo o que lhe é merecido.</span></p>Ventohttp://www.blogger.com/profile/09642905772434092692noreply@blogger.com0