domingo, 31 de outubro de 2010

Um coração sincero e um fígado forte.

Ao som de Frank SInatra - I won't dance

_____Era um jogo que eu não devia jogar. Muito a perder e pouco a ganhar. Pensei em fugir, mas lembrei que fugir por medo nunca é uma boa opção. E eu precisava enfrentar meus fantasmas. O gambito da rainha foi arrojado, mas foi necessário para que eu entendesse o peso da minha decisão. Posso ter colocado tudo a perder, mas sempre há um que de imprevisível na minha rosa dos ventos. Agora eu sei.

_____Quem viu um cabeludo de terno empoleirado no banquinho fumando um charuto no fim da festa deve ter se perguntando do que ele sorria. Acho que ele estva tentando ficar invisível. É sempre assim, quando a gente se machuca, sempre tenta se esconder.

_____Há um filtro de realidade no braço do Virgílio e as notas agora tem cheiro. Tocar está diferente. 3 penas azuis e a pena vermelha não dói mais. Quase consigo acreditar, mas a falta de prática atrapalha um pouco ainda.

_____Agora me quedo aqui com o coração na mão. Torcendo para que as costuras de água salgada aguentem. Enquanto isso venta forte. Depois da noite passada, um dos 3 tinha que assumir o controle. A fogueiras pequenas eu apago e as grandes eu torno ainda maiores. De novo e ainda. Falando nisso, o sertão e o mar... a lei do eterno retorno.

P.S. Nunca me conceda descansar.

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu também prefiro assim...

I know it looks like I'm moving, but I'm standing still

Ao som de: Robert Hitchcok - Not dark yet

____Tava na cara que ia ser foda. E tava na cara que iam me dar um rasteia no meio de tudo. Eu só não sabia de onde ela ia vir. E lá estava a camiseta do kamikaze pra me defender e também porque havia o que comemorar. Acabei comemorando sozinho enquanto a camiseta foi muito necessária. Um show maluco em que eu resolvi soltar o cabelo e subir no bumbo da bateria. Acho que eu sorria, mas não consegui ficar invisível. Naquele mundinho por detrás dos meus cabelos, eu também estava quieto demais. E, de fato, ninguém percebeu. Lá estava eu, perdido no meio do tiroteio, mas ainda assim fingindo que estava tudo bem. Eu não consigo planejar tão bem quanto gostaria.

____Desisti de ir ver a hard rockers com a orquestra não pelo sono, mas sim por causa de um vazio absurdo que eu trouxe pra casa comigo. É hora de ficar aqui quieto pra não precisar fingir nada. Estou com aquela tristeza que me faz pedir desculpas por esbarrar nas sombras e agradecer às pedras que me fazem tropeçar. Somos velhos conhecidos e ninguém odeia ninguém. O chá de hortelã pesa uma tonelada. Dessa noite guardo um olhar de 3 segundos que me fez sentir completamente vulnerável e algumas lições interessantes. Eu deveria ter pedido ajuda. Eu deveria ter acreditado mais.

____Mudando de assunto, já que fui promovido a tenente, coloco uma foto do meu tenente preferido.

Tenente Templeton "Faceman" Peck, o cara de pau.
Cumprir a missão e pegar a gostosa. Te falo em aproveitamento.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Medalhas


Tirando a do DreamCast e a do N64, eu mereceria todas as outras.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O complexo de superioridade clássico.

Eis que o zine da cidade publica na edição de hoje a seguinte notícia:




____Isso só confirma que o glorioso alviverde serrano tem um evidente problema em se relacionarcom qualquer time maior do que ele. (Não vou considerar história porque ela não muda nada. Os fatos são que o juvergonha vai disputar a série D e o Caxias está na C.). Quando o Juventude estava na A e o Caxias na C, TAVA TUDO CERTO. A relação era uma formosura. Tanto a torcida quanto o time só se sentem confortáveis quando estão olhando prá baixo. Não deve demorar muito para que, juntamente com a famigerada campanha antigrenal, surja uma campanha anti grená. Tudo por que há uma GRANDE CONSPIRAÇÃO do Universo como um todo visando prejudicar o glorioso. Por mim podiam atalhar e criar uma campanha contra o futebol como um todo, já que o juventude é uma vergonha se considerarmos o futebol como parâmetro. Aquilo que se faz no Estádio Alfredo Jaconi (o estádio mais moderno da série D) não é futebol. É só uma piada pronta que eu não canso de contar e que continua ficando cada vez mais engraçada.

____¿O que estou dizendo? O juventuD é uma vergonha com qualquer parâmetro de comparação.

A propósito - entenda o chilique da papada no fotolog do hornal:
http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/rs/plantao/10,3080307,Presidentes-da-dupla-Ca-Ju-rompem-relacoes-entre-os-clubes.html

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Finalmente

Faz dias que eu quero postar essa música. Adoro a letra dela, que até onde eu sei é do Froner. O baixo que soa nela é o culpa minha e do Virgílio, o que me enche de orgulho.
Por enquanto é uma das minhas preferidas do disco.



Estando sujo. mantenho-me limpo
Não sendo nada, eu sempre sou
Possuindo pouco eu sou o cara mais rico
Andando lento mais veloz eu vou
Seguindo em círculos, usando um retilíneio
Viajando muito eu sempre fico onde estou

E sempre sério eu vou gargalhando
De todos os que falam prá mim
Num desalento cheio de pranto,
Num desespero velado, enfim,
Que a vida é uma grande inimiga
Com quem se luta dia a dia.
São esses que escondem tristezas
Na face vulgar da alegria

Porque eu vivo pra esquecer
E morrer todos os dias.
A memória é como um barco
Navegando num mar que não há.
Contradição é lei: vendanta

Esse crepúsculo não pertence a ninguém
Mas quem sente o seu poder agindo no coração
Olha o sol como canção
Tocando dentro do peito.
E esse sentir dá o direito
De posse e de comunhão

Porque eu vivo prá esquecer
E morrer todos os dias.
A memória é uma rocha litorânea
Que virou areia.
Contradição é lei...

Porque eu vivo prá esquecer
E morrer todos os dias
Se a memória é um entrevero
Das coisas que eu penso que sei,
Contradição é lei.
E não me exija nada mais além,
Um passo pro alto.

Vedanta.

domingo, 17 de outubro de 2010

Uma lacuna

Ao som de Cacho Cataña - Garganta con Arena

O template anterior me derrubou e aqui estamos com esse novo. Ele é provisório enquanto eu decido se vou pro wordpress ou perco meu tempo configurando as paradas aqui.

Enfim, antes de subir no palco, uma mensagem como quem pedia perdão. O Fiu apareceu e agradeci ao Único Acima por mandar um sem asas pra cuidar de mim. Se na madrugada anterior eu havia visto uma carta de tarô ruim na escada, ali eu estava vendo uma das minhas peças mais preciosas. Soltei o cabelo cantarolando o meu velho tango - la gente está apludiendo, aunque te estés muriendo no conocem tu dolor. De novo, atrás do sorriso e dos cabelos, ninguém me viu chorando. Lá fora chovia.

Não cantei aos berros por que ninguém iria ouvir, mas quase me derrubou.

"Tô precisando de ajuda,
me escuta por favor

É só você que me entende
seja do jeito que for

Me leva prá algum lugar
só pra viver essa paixão

Meu coração não suporta mais
bater assim tão descompassado

Não entendo pôr que razão
mas você nunca está do meu lado

Por favor não vá embora
fechando a porta sem me dizer nada

Faça alguma coisa comigo
não posso mais viver assim."


Se fosse em outras épocas eu mandaria pelo orkut por testemunho prá não ser aceito. Ficar dizendo que não é justo não vai ajudar em nada. Só sei que tá foda De tempos em tempos eu aprendo uma coisa nova que acaba por modificar todas as outras que eu achava que sabia. Foi assim com o postal em várias línguas, a promessa para o mar, as asas e o perdão. Acabei aprendendo que eu não estava e nunca estive perturbado por causa de pessoas. O que eu buscava e ainda busco é uma sensação. No momento, há uma única pessoa que faz com que todo o resto se torne relativo. E quando isso acontece eu sei que estou vivo. Balançado e com medo, me sentindo sozinho, mas ainda assim sorrindo e acreditando.

Pensar em inglês é o que chega mais perto de me irritar. Tudo parte da mesma ironia que pinta o mundo de cinza pra não me deixar ir para o ninho das águias enquanto a Lua via crescendo no céu.

Nunca melhora, como eu já vinha dizendo.

Em uma noite eu vou em todas as festas do mundo rindo de mim mesmo: ironicamente procurando o que mais quero onde tenho certeza que ela não está. ¿Mas que espécie de idiota eu seria se desistisse de procurar.? E de querer.?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Só prá constar.

Leste Europeu, um cover do Dolf Lundgreen tocando gaita, um punk dos anos 70 com um palito na boca tocando o case da gaita com a uma garrafa pet, um cara com uma pandeirola e um narigudo aleatório. Tocando ACDC.

Eis o resultado:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

1. e4 e5

_____Entenda que, a partir do momento em que eu pego o peão do rei com a mão esquerda e avanço ele duas casas, não há mais possibilidade de retorno.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dá água pro vinho

Ao som de Bajofondo - Centrojá

_____Duas horas incubando raiva. Tendo minha energia vital sendo sugada e meus ouvidos estuprados. Porque não basta fazer uníssonos desafinados. É preciso fazer eles berrando. Tocar bem não é suficiente. É preciso tocar SEMPRE, principalmente quando os outros estão tentando conversar. Uma frase soou adequada: Mais é mais. Enquanto eu ia tocando, ficava me perguntando porque ensaiar, se o baterista já tinha feito 3 entradas diferentes para a mesma parte e eu tenho certeza que no show ele vai fazer outra sem relação nenhuma com o que foi ensaiado. Fora do tempo, mas girando as baquetas e batendo forte. E a voz principal escondida atrás de uma pastinha de letras enquanto os beckings duelavam em termos de gritos, volume e, porque não dizer, falta de noção. Ainda consegui rir de mim mesmo, todo preocupado em contar compassos quando tirei a música, já que ela tem uma estrutura estranha. Eu sou um palhaço e a música ficou pro próximo ensaio, já que ficou uma bosta. Quando o ensaio acabou, saí fugido, dando graças ao Único Acima por ter um show prá fazer.

_____Entrei no Aristos confiante e de cabeça erguida. Achei o Castor e pedi um cabo P10. Ele me apresentou pro dono do bar com um "esse é meu filho". Apesar de tudo, bateu um certo orgulho. Não pela maternidade em si, mas simplesmente por fazer parte. Subi no palco no meio de uma música. Pedi licença com um olhar e depois das castoradas funcionarem lá estava eu tocando atrás dos cabelos. Duas músicas em Lá e eu já tinha esquecido o orgulho e a raiva. Eu estava só feliz por estar ali. De repente me dei conta que outras coisas haviam sumido também. Minha vergonha por tocar e meu anel do indicador. ¿Como diabos um baixista consegue perder um anel enquanto toca? Fui achar o anel no fim da festa, no dedo do Castor. Certas coisas não mudam mesmo.

_____Um monte de conversas depois, despedi-me explicando com quem está a minha preferência. E não precisei explicar mais nada. Tá na cara.

_____Nota mental: NUNCA MAIS ir ensaiar sem protetores auriculares.

Das crônicas de um ladrão de flores

Não lembro quando foi, ja fazia alguns anos. Eu descobri que o primeiro filme que a minha mãe assistiu no cinema foi um romance chamado Candelabro Italiano. Já fazia tempo também que eu estava procurando esse filme em DVD, tinha tentado todos os caminhos que a internet oferece e depois passei a tentar nos meios legais. Encomendei o filme em várias locadoras e depois não fui mais atrás. Já fazia uns 5 meses que eu nem lembrava do filme e ontem o cara de uma locadora disse que o filme que eu tinha encomendado havi chegado.

Quando minha mãe abriu o presente e viu o nome de filme eu vi dois olhos verdes enchendo de água. Ela não sabia o que dizer, mas não fez diferença nenhuma. Eu não precisava ouvir nada. Depois de um tempo ela me disse muito obrigada e me perguntou porque.

- Porque eu posso. Porque eu estou vivo. E quem anda comigo vive também. Porque tu é a minha mãe e tá na hora de eu cuidar de ti.

Ela me abraçou e ali ficamos os dois quietos. Eu sabia que meus silêncios que falam tudo tinham que ter vindo de algum lugar. Assisti o filme com ela, mas o filme não se passava na TV. A Catarina também tenta ficar invísivel atrás de um sorriso quando chora.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Frases simples e despretenciosas sobre grandes assuntos

"Ninguém é arrogante com um pau na boca"

R.R., conceituado músico da noite caxiense,
dissertando sobre uma possível solução para a arrogância de uma mina sem critério.

No sol maior mais negovéio de todos

Ao som de: ACDC - Whole Lotta Rosie

_____Dormindo pouco, quase nada. Tocando baixo de tarde, de noite, de madrugada. Tirando as músicas da pasta "tem que saber tocar". Dando tiros e risadas com amigos quando me chamam no skype.

_____Entre o "how does it feels?" do Like a Rolling Stone e o "did you exchange a walk on part in the war for a lead role in a cage" de Wish You Were Here, a cola resiste do jeito que dá. O coração dói o suficiente para fazer com que eu esqueça do ombro. Não consigo explicar. Acho até que nem preciso. Ultimamente tenho me daparado com muitas coisas que eu simplesmente não consigo colocar em palavras.

Não sei nem dizer o que dói tanto . Mas sei o que me faz sorrir. E sorrisos ultimamente é o que não me falta.

domingo, 3 de outubro de 2010

Isso é só o fim

_____Sou gemininano e isso me permite uma esquizofrenia agridoce e divertida. É difícil me entender, mas não impossível. Discutindo comigo mesmo sobre Lopes, Tiagos e Ventos escrevi um monte. Foi muito bom para que euconseguisse colocar em palavras um monte de coisas qeu eu sabia, mas não conseguia explicar. Sobre o vento, um velho diálogo explica bem o que eu penso.


- Que te diz o vento que passa?”


- “Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?”

- “Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.”

- “Nunca ouviste passar o vento.

O vento só fala que é vento.
E que sopra.
O resto que ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.”

Frases simples e despretenciosas sobre grandes assuntos

Eis a fina flor da chinelagem

- Resenha, ao ver eu o Fiu entrando no Missi