quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Fazendo as pazes com o Virgílio



"i'm getting wise and i'm feeling so bohemian like you
it's you that i want so please
just a casual casual easy thing
is it, it is for me
and i like you
yeah i like you
i like you
i like you
i like you
i like you
i like you
i like you
i like you"



"Shall I go on, and on, and on, and on, and on, and on again?"


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Período Prolixo



Ao som de Metallica - Turn the page

_____Caos nas aulas. Em psicologia do desenvolvimento estou correndo conta o grau C entre cervejas para a Mariana e pesquisas históricas. Depois professora Resiliência olha e me vê pesquisando a escala menor húngara* e pergunta o que eu queria com aquilo. Discussão de meia hora apesar de estarmos no meio da aula. Adoro ela e a facilidade com que ela explica o que quer. Resiliência é um conceito muito abstrato para mim, estando sempre muito além da definição da palavra. Há uma subjetividade sem a qual a palavra não faz sentido. É diferente de palavras que são um conceito antes de ser qualquer outra coisa. Maturidade é viver em paz com o que não se pode mudar. Sou imaturo por natureza e sempre vou tentar mudar o que está errado. Quero colo com 5 estrelas e o cavalo marinho que tanto  passeia pelos meus sonhos. 

_____O destino está do meu lado. Ele sempre me leva para uma ostra com cheiro de nostalgia, porque através dela eu lembro de outras coisas também muito importantes. Eu já descansei por tempo demais, está na hora de voltar ao que eu sou. O passado não muda, não tem volta, mas eu sou louco o suficiente para insistir em mudar o presente. Meus dias de 25 horas funcionam melhor quando insisto em pedir que nunca me conceda descansar.

6 da manhã, hora de dar bom dia e tentar ir dormir. A madrugada não foi fácil. 

*(1 - 2 - b3 - #4 - 5 - b6 - 7)

domingo, 7 de outubro de 2012

Notas perdidas

Disseram que hoje eu estou triste. A verdade é que eu sempre estou triste. Há uma sensação que me acompanha já faz anos. Estou me enchendo de trabalho insanamente e finalmente cheguei no ponto em que está quase impossível dar conta de tudo. É um processo calculado: quando mais eu trabalhar, mas consigo achar malucos iguais a mim. De vez em quando esbarro em uma sensação de pertencimento que justifica quase tudo. E ameniza. Preciso manter a cabeça ocupada para que os gritos do coração não me enlouqueçam. Pra que que eu chegue na minha cama pra dormir e simplesmente desmaie antes de me dar conta de que estou sozinho. Já não rezo antes de dormir faz muitos anos, agora meu mantra basicamente consiste em pedir desculpas para um emaranhado de remendos de água salgada que não para de apanhar no meu peito.

Queria que essa dor passasse, mas considerando que sistematicamente afastei de mim as pessoas que poderiam me dar colo e que nenhuma surra tem dado resultado, não me sobraram muitas alternativas. O fato é que o mundo não vai parar só porque eu não vivo meu luto como deveria. E mais cedo ou mais tarde a gente precisa entender que o passado não tem volta.  Nunca melhora, mas isso não é necessariamente ruim.