..and turning inside out

Foi tudo muito bom, mas algumas coisas estavam cronicamente erradas.

E eu fico ali, de canto, com a minha camiseta de kamikaze. Quieto. Observando e aprendendo.

Toquei Hysteria.



"It’s bugging me
Grating me
And twisting me around

Yeah I’m endlessly
Caving in
And turning inside out

‘Cause I want it now
I want it now
Give me your heart and your soul
And I’m breaking out
I’m breaking out
Last chance to lose control

Yeah It’s holding me
Morphing me
And forcing me to strive
To be endlessly
Cool within
And dreaming I'm alive.

‘Cause I want it now
I want it now
Give me your heart and your soul
I’m not breaking down
I’m breaking out
Last chance to lose control

And I want you now
I want you now
I feel my heart implode
And I’m breaking out
Escaping now
Feeling my faith erode"

Cristo e o guarda chuva

No meio da tarde eu vi isso... misture o Inri Cristo com a música Umbrela, o resultado é:



Realmente.. o fim está próximo

P.S. A enfermeira da esquerda , que eu não sei se é a Asuzana ou Alibera, me lembrou o Roney.

P.S.2 Entrem no site do Inri. Vale muito a pena.

Esses corações: tão espertos e tão burros ao mesmo tempo

Ao som de: Los Hermanos - Do lado de dentro

_____Ainda bem que o feriado acabou. Depois de tudo, a idéia de mudar o nome do Revival para "Survival" faz todo sentido do mundo. Comecei o feriado bem quieto, podendo tocar o céu com as mãos, e agora eu sei que havia mais gente cuidando da Lua. Depois houve correria. Depois calma. Depois silêncio. Acabei aprendendo que não é só no Virgilio que posso tocar. Por fim um sorriso. E agora sei que havia mais gente no mesmo pensamento que eu. E voltaremos à tradicional correria.

_____Estou a 28 bpm de onde deveria estar, mas até sexta eu resolvo. Tomara que role o café aquele durante a semana. Fará bem para ambos.

_____Grandes lições do feriadão: todos os X picanha do Jaime são torpedos; O MegaBurguer abre quando quer; Deixar a louça acumular continua sendo um péssimo negócio; Quem tem menos moral é quem mais fala; Tem sempre um(a) imbecil berrando a música fora de tom; Há um limite bem claro que eu não devo ultrapassar. Olhando o horizonte no topo do ninho das águias (ou na beira do mar), não importa o que é chão é o que é céu.

_____Ah.. só prá deixar uma coisa bem clara: Eu não estou entendendo mais nada.

¿E porque não ir voar em Torres.?

Não tão barato, muito menos vazio...

Ao som de: um improviso em Em

_____Ultimamente os shows têm sido mágicos. É como se a gente fosse um bando de crianças e chegasse alguém com uma bola. E enquanto a gente fica jogando, ninguém precisa de mais nada pra ser feliz.

(Esse texto era prá agenda, mas ele cabe bem aqui...)

_____A linguagem das palavras me cansa, as vezes. Aquilo que já falei sobre transmitir recipientes em vez de conteúdo. A diferença entre escrever cem com C e sem com S. A complicação que é transformar em palavras os pensamentos, Já a matemática é a linguagem das coisas. Nela, ao contrário da linguagem humana, não há retórica, não há a possibilidade de duplo sentido ou de discussão. São os dois extremos de comunicação. E na teimosia que tenho pelo equilíbrio, acabo caindo na música. A música é a melhor linguagem que existe. Funciona com uma métrica matemática, mas se fosse calculada, não seria música. Pode ser interpretada livremente, mas seria distorcida como as palavras. É uma linguagem para ser sentida. Uma nota é e sempre será uma nota. A mesma nota. Mas como negar os infinitos sons diferentes que essa nota provoca dependendo do seu lugar na harmonia. Dependendo das notas que soam com ela. As sensações íntimas e singulares dentro de cada pessoa que ouve determinada sequência de sons. As lembranças sucitadas e estranguladas.

_____Há todo um mundo entre o som tocado e o ouvido de quem ouve. Do coração de quem toca (a música sempre vem do coração) até o coração de quem escuta (a música chega no coração antes de virar pensamento). Irônico é pensar que esse caminho, mesmo sendo o mais longo, ainda é o mais sincero e direto de todos.

_____Esse é o meu caminho. Esse é o nosso caminho.

Perto do céu

Primeiramente.. muito obrigado Mark por queimar a gente faltando uma semana pro show. Há pessoas com as quais a gente pode contar e há pessoas com as quais a gente não pode contar. E eu fiz muita foça para não te colocar na segunda categoria, mas agora eu aceito o fato de que tu sempre vai ter uma cadeira cativa nele.

Muita musica pra tirar... muita música foda. Uma, em especial, me assusta. Mas assim como foi naquele show cover de Red Hot, a música certa no momento certo. E eu não tinha medo de não ser bom o bastante... Eu tive medo de ser.

E eu passeio pelo ninho das águias e rebisco numa agenda. Se eu esticasse o braço poderia pegar a Lua. E o vento era uma presença tão sólida quanto o chão.

Ah.. e senti uma rápida crise de consciência. Mas veio a realidade e eu não me culpei pelo que não é minha culpa.

Problemas de dicção dedal

Final de semana louco, que eu resumiria com a carta XIII do meu baralho.

Toquei com gente grande, toquei com gente pequena. Persevero no meu jeito de pensar. Quem é bom não diz que é.. simplesmente é e ponto.

Férias para o meu diário. Voltamos para uma agenda. A carta não fora entregue porque ainda não estava completamente escrita.

A palavra é recomeço.

A música é Dakota, do Stereophonics, mas não pelos mesmos motivos.

O novo conceito de ironia implícita foi aquele chico buarque na finaleira da festa sábado. Depois de berrar "Living ****... living free". Depois da tequila. Antes e durante o amanhecer.

Mais do mesmo

Ao som do meu violão desafinado

_____Eu toco em 5 bandas e toco com muita gente. Gente de todo o tipo, de todos os humores, de todos níveis técnicos e intelectuais. No meio de tantas, há 2 pessoas que conseguem me estressar mais do que todas as outras juntas. Só me resta me afastar. "Diz-me com quem andas e te direi quem és" é um ditado cruelmente verdadeiro. E eu sei bem como eu não quero ser.

_____Um estranho ontem me disse que era bom me ver tocar porque ficava na minha cara que eu estava gostando do que estava fazendo. Se ele me disse isso num show que eu toquei de olhos fechados, tocando por tocar e sentindo quase vergonha por fazer isso, imagino o que ele não diria se me visse tocando o que gosto com as pessoas certas.

_____A fumaça sempre vai na cara dos estressados. Não adianta soprar. É so mudar o pensamento que a fumaça vai embora.

_____A consequência, única e simples, é que eu não me sinto na obrigação de ajudar ninguém.

_____Chico Buarque, Roberta Sá, Ana Cañas. Muita coisa boa no meu ouvido ultimamente. Músicas difíceis de tocar podem ser sinônimo de bom gosto. E de um jeito diferente de usar a saudade.

_____E já que é um post completamente pessimista, segue uma pedaço de uma música que está na minha cabeça há semanas.

"Nunca mais saiu da minha boca
O gosto amargo da palavra traição
Nunca mais saiu da minha boca
Nenhum elogio a nenhuma paixão"
-EngHaw - A conquista do Espelho

Até que enfim

.
.

Muitas vezes já tinham tentando,
mas nunca haviam usado o argumento certo.

Tirei o piercing da língua. O que sobrou da minha gengiva agradece.

De passagem

Ao som de Nenhum de Nós: Jornais

_____Bem rapidinho antes do show. Vou tocar Como nossos pais da Elis. E sábado acho que finalmente vou tocar Highway to Hell. Estou mais empolgado com essas músicas do que com os 5 shows da semana. Mas não passei aqui pra isso.

Confusão é o primeiro passo no caminho do entendimento.

Não me sinto culpado por não ligar. Ela também não me liga.

Assim assim

_____Foda foi criar coragem pra finalmente tirar essa música. Eu e o Virgílio soando baixinho, quase no silêncio, como que com medo de atrapalhar a música em si. Com medo de fazer barulho demais e provocar uma avalanche de lembranças no meu castelo de areia.

"Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"
- Chicão: João e Maria.


Isso tudo, definitivamente, explica muita coisa.
E então eu sinto, mais do que sei, que não preciso explicar nada.


P.S. Existe uma agenda sem ordem de datas, rabiscada com gosto de sal e com um palito de picolé dentro dela. Minha última carta não entregue.

Voar é outra história

Ao som de: Cd azul dos Engenheiros

_____Estranho postar de novo depois de tanto tempo. Volto em definitivo no dia 29 de maio. Na verdade no dia 31, porque é uma escolha justa e irônica. Até lá vou postando esporadicamente o que não puder ser adiado.

_____Missão cumprida com perfeição numa festa que resultou até em poesia. E de novo a mesma sensação. Mas assim como naquela noite, ontem eu também sabia exatamente o porque das minhas atitudes. Entre gritos para um chefe extremamente gentil que se faz de surdo de vez em quando e algumas palavras ditas bem baixinho, minhas notas e meu silêncio falaram por mim. O pai nosso em español ninguém viu. Mas é assim mesmo. Programei-me para ajudar e para não pedir ajuda. Cair e lavantar sozinho. Mais do que isso: ficar em pé sozinho.

_____A maré mudou, de fato.


Não olhei porque não queria que meu olhar me traísse
Porque não queria que um olhar me derrubasse.
Falei muito dos meus personagens
mas sei bem o que sou e o que é só disfarce

Não olhei porque estava ocupado observando
Minha alma inconformada e meu coração curioso
Os dois discutindo, os dois aprendendo
Uma tão machucada, o outro tão espaçoso

Mas entre notas e palavras não ditas
Eu fui tão feliz quanto possível
Aquele foi meu reino, meu tempo e minha hora

Às vezes silenciei num sorriso
E às vezes gritei bem alto para o mundo
Há muita música aqui dentro.. muito silêncio lá fora..


_____Perguntaram sobre minha espada. Eu estava com ela nas mãos na maior parte da festa.

Buscam a perfeição em tudo que fazem.