domingo, 31 de janeiro de 2010

A paz que eu preciso prá recomeçar

Ao som de: Audioslave - Like stone

_____Quando chegou a hora eu decidi que não seria arrastado. Peguei meu destino pela mão e subi a escada que eu tanto temia. Eu tinha que estar lá. Sei que não pertenço mais àquele lugar, sei que não sou tão bem vindo como as aparências indicam. Mas não havia no mundo outro lugar para eu estar. Eu estava na iminência de desabar, mas quase ninguém percebeu e os que perceberam amavelmente me ajudaram a ficar de pé.

_____Houve um show no meio de tudo, mas parece que já faz tanto tempo. Muito profissionais e muito amadores provando que numa banda a média harmônica não significa muito. Um solo e eu vi que os anos de palco ensinam muito. Um litro de tequila. Uma conversa com energético. O pior inglês do mundo. Um companheiro prá beber café e qualquer coisa que não emvolva álcool.

_____Tu mora no meu coração, ele disse no fim da festa. E então eu percebi que tudo ia ficar bem. Não havia nada de errado. A novidade é que eu não estava me auto-flagelando fazendo algum absurdo aleatório. Por isso tudo soou tão diferente.

_____E o sol nasceu num céu amarelo. Meu norte deslocado. E inútil. Todas minhas bússolas apontam prá cima.

Uma rosa. Uma tatuagem arranhada e eu arrepiado. Dormi sorrindo

Eu lhes fico muito muito obrigado.


"Take these Broken Wings
And learn to fly again, learn to live so free
When we hear the voices sing
The book of love will open up and let us in
Take these Broken Wings"

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tudo posso naqueles que resenham comigo.

Há sempre um bunker laranja onde a resenha é severa e o companheirismo é inquestionável.


Eu e os maurícios, no decorrer do avançado da hora.

Pensamentos soltos

Ao som do repertório para o show de sábado.


Góticos são emos que não escrevem miguxês, justamente porque leram mais livros bons. E que provavelmente bebem absinto em vez de cubas com coca light.

A lavagem cerebral está funcionando.

O Pro tools tem um lance místico, deve ser a numerologia do nome ou alguma mensagem subliminar na linguagem do programa. Aí o cara senta atrás de um computador e começa a usar o pro tools e de repente ele se torna um crítico abalizado em qualquer assunto.

Resenhar é que nem futebol. Qualquer idiota pode pegar uma bola e sair chutando, mas categoria mesmo, só uns poucos. E é preciso ter noção que ganhar o jogo e jogar bem são duas coisas muuuito diferentes.


Trocar um HD de 1tera por um ano de chutes no saco foi a peor coisa que eu podia ter feito. Mas enfim, abraçados daqui até a vida.

Uma mão no ombro realmente fazia toda diferença.

A vida fora daquela quadra me anima muito.


Agora vai:



¡Quedate tranquilo Obdulio!
Los muchachos no te van a dejar cambiar la historia
Quedate tranquilo obdulio, te digo..."

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

...e, na quadra dos Nóias

Babi olha prá nós e decreta o nome na comanda:



Considerando que 02 é o código do café, foi uma noite interessante

E o café do Missi é muito bom, ficadica

Enquanto isso, no gauchão

Tá, falando sério agora:


O JUVENTUDE ACABOU



Sigo firme na campanha

SÉRIE D: EU ACREDITO

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Uns mais iguais que os outros


Todas as semelhanças são consequências de uma ou outra cilada que só a personalidade é capaz de proporcionar.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Poucamente

_____Pode ser por causa do piano que eu não consigo tocar. Ou do naipe de cordas que eu já sei de cor. Pode ser por causa do mar e da água benta nos pulmões e da lembrança que isso traz. Pode ser pela letra. Pode ser pela saudade que me parte em 2 pedaços. Pode ser por eu ter entendido que ganho muito mais ficando quieto. Pode ser porque a música é linda. E ela me entorta.

¿Será que os tortos ficam juntos no final.?




Sim, eu também estou superando, mas afinal, o que isso significa.??
Roubaram-me todas as musicas do Live. As flores soam tartarugas nos meus olhos. Principalmente quando fecho os olhos. A escova de dente continua ali, melancolicamente me crucificando, enquanto as luzes apagadas mantém o silêncio ensurdecedor.
Meu universo barato as vezes tem um preço muito alto.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Se foi

Ao som de: repertório folk do show do la barra

_____Continuando a postura kamikaze, essa madrugada resolvi criar uma conta no site formspring.me. A proposta do site é muito simples. Nele tu podes fazer perguntas ANONIMAMENTE pras pessoas, e se elas quizerem, respondem. É interessante responder coisas sem nem imaginar quem perguntou. Ou memso perguntar qualquer coisa sem o risco de ser identificado. Sendo assim, tu tá livre pra pedir QUALQUER COISA... Quero ver no que isso vai dar. Se alguém tiver alguma pergunta, é só clicar AQUI.

_____Além de folclórico, isso vai ser muito divertido

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pelo que as pessoas pensam...

O Fiu fez a mímica mais genial dos últimos tempos.



Dropar não é bem assim... QSL

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Entonces apareció el zorro

Ao som de: Live I walk the line

_____Eu realmente não gosto da frese "tu serás eternamente responsável por aquilo que cativas. Não que eu não concorde com ela, mas virou clichê. Em qualquer contexto imaginável ela pode ser usada. E usam ela demais. POr causa disso, reli o pequeno pricnipe e separei algumas frases e alguns trechos que soam muito mais significativos aos meus ouvidos. Provavelmente vai ser uma postagem imensa.




Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer.

Quando a gente anda sempre pra frente, não pode mesmo ir longe

Se tento descrevê-lo [o pequeno príncipe] aqui, é justamente porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo o mundo tem amigos. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números.

As flores são fracas. ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam poderosas com os seus espinhos.

É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas!

É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio.

Quando a gente quer fazer graça, às vezes mente um pouco.

Só as crianças sabem o que procuram

Quer seja uma casa, as estrelas ou um deserto, o que os torna belos é o invisível.
os olhos são cegos. É preciso ver com o coração

A gente core o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.

_____- Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas. Tu olharás, de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim. Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas ... Serão, todas tuas amigas. E depois, eu vou fazer-te um presente ...
_____Ele riu outra vez.
_____- Que queres dizer?
_____- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
_____- Que queres dizer?
_____- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem ! E tu terás estrelas que sabem rir! E ele riu mais uma vez.
_____- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto ... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco.




_____E foi então que apareceu a raposa:
_____- Bom dia, disse a raposa.
_____- Bom dia, respondeu educadamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
_____- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
_____- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
_____- Sou uma raposa, disse a raposa
_____- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
_____- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
_____- Ah! desculpa, disse o principezinho.
_____Após uma reflexão, acrescentou: - Que quer dizer "cativar"?
_____- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
_____- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
_____- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhastambém. É a única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
_____- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
_____- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
_____- Criar laços?
_____- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
_____- Começo a compreender, disse o principezinho. - Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
_____- É possível, disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra ...
_____- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
_____A raposa pareceu intrigada: - Num outro planeta?
_____- Sim.
_____- Há caçadores nesse planeta?
_____- Não.
_____- Que bom ! E galinhas?
_____- Também não.
_____- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
_____Mas a raposa voltou à sua idéia.
_____- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ...
_____A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
_____- Por favor... cativa-me disse ela.
_____- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
_____- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo, cativa-me!
_____ - Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
_____ - É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
_____No dia seguinte o principezinho voltou.
_____- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração ... É preciso ritos.
_____- Que é um rito? perguntou o principezinho.
_____- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias !
_____Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
_____- Ah ! Eu vou chorar.
_____- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ...
_____- Quis, disse a raposa.
_____- Mas tu vais chorar ! disse o principezinho.
_____- Vou, disse a raposa.
_____- Então, não sais lucrando nada !
_____- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
_____Depois ela acrescentou: - Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
_____Foi o principezinho rever as rosas:
_____- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
_____E as rosas estavam desapontadas.
_____- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
_____E voltou, então, à raposa:
_____- Adeus, disse ele...
_____- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
_____- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
_____- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
_____- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
_____- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
_____- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


Entonc
A parte de ser responsável pelo que foi cativado me paree a parte mais irrelevante do segredo.

Pode ser Minuano, e assim eu agradeço.

Ao som de: Pouca Vogal - Tententender

Show do Humberto Gessinger no Iguatemi. Eu tinha mesmo que comprar o livro. E foi assim que eu me convenci a ir.

É fantástico ver o público cantando junto. Mas cantando baixinho. como que em sinal de respeito. Devoção talvez. E aquele alemão cantando as músicas desconhecidas, defendendo elas como filhos que ficaram mais mirrados que os outros. Eu mesmo não consigo cantar. Fico quieto. Vendo as histórias da minha vida passando uma a uma enquanto eu me esforço para esconder algumas lágrimas teimosas que insistem em cair.

Resolvi que ia pedir um autógrafo na letra de alguma música. Pensei que ia ser difícil escolher uma só, já que quase todas me dizem alguma coisa, cheias de entrelinhas. Pensei em Dom Quixote, refrão de um bolero, violência travestida... No final, quando vi ilex paraguaiensis, eu tive certeza que seria nela.

O livro é muito bom. Teria 123 razões para afirmar isso, mas pra ser sincero, o livro e as músicas realmente falam por sim. Estou olhando pra ele agora. Passei a madrugada lendo e relendo. Ele é novo, mas já parece gasto. Mas um gasto bom. O mesmo gasto dos meus cds dos engenheiros. O mesmo gasto do E na sétima casa do Virgílio. O mesmo gasto daquele tênis que estava todo remendado com fita tape e que eu não trocaria por nenhum tênis novo. É um gasto que o tempo dá. Mas um tempo qualitativo e não quantitativo.

Você pensava que o tempo era linear.? Só as vezes, quando ele cansa. O Einsten chamava isso de relatividade, eu chamo de intensidade.
E intensidade é assim mesmo. Uma metáfora impossível.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

AInda não é hora de descansar

Ao som do DVD do pouca vogal.

Agora eu só preciso respirar para ficarem torrando meu saco. Gente sem limite me irrita..Posso estar errado, mas quando pessoas inteligentes começam a se comportar como mendigos retardados, alguma coisa deve estar errada. Provavelmente sou eu.

O unicórnio me entregou o mapa da mina rabiscado num pedacinho de papel, enquanto a gente acertava uma maneira infalível de ser feliz. E continuo torcendo para que a Resenha me leve um pouco a sério e que a Cris arrume um motivo melhor. Por um breve momento, eu não me senti fora do lugar ontem. Olhares invariavelmente consertam o que as palavras estragam. Ou terminam de estragar.

E assim vou encontrando meu canto.
Uma esquina de onde eu possa ver o movimento.
Pelo menos sei que a falta de credibilidade é devida ao sorriso canalha..
Sé que eu não sei deixar de sorrir...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A dor ainda me odeia...

Ao som de Pirisca Greco - De cima do arreio

_____Enquanto isso a dor fica aqui comigo. E acabo por não reclamar já que entendo que ela serve muito bem para manter o que restou da minha sanidade. É um mundo estranho esse que a dor evita a loucura. Fico impressionado com a imagem que as pessoas tem de mim. Como se eu conseguisse ser duas pessoas completamente diferentes. E me crucificam por mentiroso no exato momento em que estou sendo mais sincero. Essa ironias me quebram.

_____Acabei por contruir um belo abismo. A vista dele é linda, mas o vazio é insuportável. E lá vou eu preenchê-lo com água salgada, ainda por amor as causas perdidas. Não vou desistir de mim.Mas é difícil deixar prá trás. Aceitar as coisas assim...

_____Volta um texto mais velho que a bíblia, mas que me serve no momento.:

_____O Vento fica fechado dentro de si mesmo. Há noites em que ele se sabe sozinho, e da solidão ele tenta tirar a força que ele preciraria ter. A força que acham que ele tem. Sempre me lembro dessas noites solitárias durante as tardes de domingo que duram prá sempre. Nessas noites e nessas tardes em que o debate entre a fé e o medo dividem tudo que eu considero real, o que é irreal acaba se tornado concreto. Concreto por ser a única coisa em que posso me agarrar. Eu começo a conhecer o Vento. Na realidade ele não existe. E eu sou o intervalo entre o que desejo ser e o que os outros me fizeram. Ou a metade deste intervalo. Porque também há vida em mim. As músicas que nós tocamos vão contando histórias e sentimentos desconexos. A vida deve ser assim mesmo: de um extremo ao outro. Pelo menos essa é a escolha que ele lembra ter feito. Viver tudo intensamente. Tanto a dor quando a alegria. O amor e o ódio. A cabeça e o coração. A Verdade e a mentira. Tudo isso vivido com tanta intensidade que as vezes ele sente como se um pedaço da sua alma fosse arrancado. O medo vem de saber que alguns desses pedaços nunca mais vão voltar.
_____Nunca saberei se ele tem todo o poder que dizem que ele tem. Nunca saberei se sou mais ele ou eu. Sei apenas que o Vento , mesmo sendo a mais feliz e a mais livre das criaturas que vivem sob o sol, tb sofre. O Vento tb sofre. Hoje quero apagar a luz e fechar as portas do meu quarto e do meu coração, para não mais ouvir essas vozes malucas no meu corredor e para que o silêncio seja maior do que todos esses sons que me ensurdecem. Ficarei apenas eu no meu quarto, com o grande sossego de mim mesmo. É um universo barato, mas é o meu...

Pîc Pîc Pîc

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A vista é linda...


Sem muita vontade prá falar. Deixo que as cartas falem por mim.

Quase tudo muda. Mas eu continuo lutando por amor às causas perdidas. Mesmo que esse amor não seja recíproco.

Frisando que eu disse "vai" e não "vem". Nem tudo que eu faço é por puro interesse.
Ainda bate um coração aqui. Embora na maioria das vezes ele só apanhe.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sombras...

- Oi, eu me chamo Vento. Acredito que nós possamos ajudar um ao outro. Você estava trancado num armnário fechado e eu preciso de uma espada nova. Eu te ajudo a brilhar de novo e você me ajuda a recuperar o que perdi. Sei que estou meio opaco e isso não me dá muita credibilidade para falar em brilho, mas se você me der um tempo, tenho certeza que podemos soar bem juntos. Eu fiquei muito tempo me defendendo com uma espada e isso me tornou arrogante o suficiente pára acreditar que não precisava de armadura. E com o tempo fui abandonando minha fé. A mesma fé que aparava todos os golpes que eu recebia. Isso que você vê de diferente no meu olhar são cicatrizes. E foi por minha própria negligência e falta de amor próprio que elas foram se acumulando. Não que eu não consiga enxergar direito por causa delas, mas às vezes eu me sinto como um cego andando sem rumo. Se lutarmos juntos, ambos podemos ganhar. Eu ganho minha fé de volta e você volta a ser o que era. O que pode ser. E ainda ganha um novo nome. Até lá a gente defende um ao outro nas batalhas do caminho.

E com um baixo novo, eu vou reaprendendo o que achava que sabia. O que eu fingia saber sem ter conhecimento nenhum.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Faxina

Ao som de um cd que a resenha me deu onde se lê: o essencial é invisível aos olhos.

Foi um tempo estranho esse em que fugi da minha vida.

Sei que perdi coisas e pessoas que não tenho mais como recuperar.
Mas não me culpo mais. A piedade é um sentimento demasiado cristão. Fico com o carma das minhas escolhas.

Eu sei que preciso curar minhas feridas antes de me preocupar em curar os outros.
E que ninguém vai curá-las por mim. Nem poderia.

E vou contiunuar com minhas metáforas que ninguém entende.
É difícil, mas eu vou seguir em frente, lendo Nitzche e meditando, tomando benho gelado de madrugada e chimarrão quente no amanhecer. Há um certo valor nos meus princípios e não tenho mais como negar isso. Ser dois pela metade se provou muito pior do que ser um inteiro.

Sou só uma vontade de liberdade que nunca será saciada.

Tenho sede.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tecla SAP

Perguntam com uma certa frequência sobre certas gírias que estamos usando. Seguem duas explicações:


RURGS:


MERCENÁRIA:


Até porque, tu tá ligado que aquele que cai, logicamente pode levantaaAAAAaaarrr

How fuck we became...

Roubei do Capinaremos:


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Liberate me

Ao som de: Tool

_____Mais uma vez o meu texto d'A Arte da Guerra vai ter que esperar...Falo sobre o silêncio. Seguindo as conclusões das minha sconversas com o mar, ele parece ser a companhia mais certa. Escrevo isso na esperança que as pessoas respeitem e entendam meu consequente silêncio.

_____"Quando você não sabe fazer silêncio, a coisa fica pesada. Não é que, dizendo coisas, você se comunique - não. É que dizendo coisas, vocÊ se sente mais leve. Na verdade, a comunicação não é possível através das palavras; é exatamente o oposto que é possível: vocÊ pode evitar a comunicação. Você pode falar, criar um véu de palavras ao seu redor para que sua verdadeira situação não seja conhecida pelos outros. Você se veste com as palavras...

_____A verdade não pode ser dita por muitas razões. A primeira e mais importante é que a verdade sempre se dá em silêncio. Quando sua fala interior cessa, é então que ela se dá. E aquilo que se dá em silêncio, como poderia ser dito através dos sons? É uma experiência. Não um pensamento..."
- Osho: E. P.N.


_____E, sim, vou simplesmente fingir que o ano novo não é tão relevante...
_____Não agora, pelo menos.. No que tange ao fim de um ciclo, que seja o fim das máscaras. Que a chuva lave a sujeira que estava escondida e que as pessoas tenham coragem de mostrar a sua essência no meio da multidão. E no espelho..

Por isso a chuva que cai soa muito mais importante.
Está caindo água do céu. ¿Você já pensou em como é difícil fazer algo tão mágico quanto fazer cair água do céu.??



Cada gota que cai... isso acontece milhões de vezes e ninguém parece se importar

domingo, 3 de janeiro de 2010

Alto é o caminho, mas nossos olhos estão sobre o chão

Eis as entrelinhas do porque eu trouxe um cachorro filhotinho que eu encontrei perdido na praia até Caxias.

Não quero menosprezar minha compaixão. Mas continuo achando que fiz porque tinha que ser feito. Sou só uma ferramenta.

Espero que o Alan fique com ela. Ela já viu o que a humanidade tem de pior. Nada pode ser pior do que a indiferença ao sofrimento de outro ser vivo. E o Alan, enquanto um dos melhores seres humanos com os quais eu convivo, com certeza vai mostrar pra ela o exato oposto da indiferença.

Sentir o coração dela batendo na minha mão enquanto eu segurava ela no colo prá ela dormir justificou todo ano. E é um pagamento muito maior do que eu mereço..

Há vida em mim. Não há porque negar.

E só prá mostrar que o ano vai seguir na mesma relação de impropérios e cobranças com O Único Acima:

Obscuras luzes do dia, deixando uma florescência fria
Difícil Te ver nessa luz
Por favor, perdoe essa ousada sugestão, mas
Eu poderia te encontrar de novo esta noite,
Te olhar no olho, e olhando no teu olho te dizer:
Eu nunca vivi uma mentira, nunca tirei uma vida,
mas com certeza salvei uma
Aleluia, é hora de você me trazer pra casa.