sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Entonces apareció el zorro

Ao som de: Live I walk the line

_____Eu realmente não gosto da frese "tu serás eternamente responsável por aquilo que cativas. Não que eu não concorde com ela, mas virou clichê. Em qualquer contexto imaginável ela pode ser usada. E usam ela demais. POr causa disso, reli o pequeno pricnipe e separei algumas frases e alguns trechos que soam muito mais significativos aos meus ouvidos. Provavelmente vai ser uma postagem imensa.




Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer.

Quando a gente anda sempre pra frente, não pode mesmo ir longe

Se tento descrevê-lo [o pequeno príncipe] aqui, é justamente porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo o mundo tem amigos. E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números.

As flores são fracas. ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam poderosas com os seus espinhos.

É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas!

É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio.

Quando a gente quer fazer graça, às vezes mente um pouco.

Só as crianças sabem o que procuram

Quer seja uma casa, as estrelas ou um deserto, o que os torna belos é o invisível.
os olhos são cegos. É preciso ver com o coração

A gente core o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.

_____- Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas. Tu olharás, de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim. Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas ... Serão, todas tuas amigas. E depois, eu vou fazer-te um presente ...
_____Ele riu outra vez.
_____- Que queres dizer?
_____- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém...
_____- Que queres dizer?
_____- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem ! E tu terás estrelas que sabem rir! E ele riu mais uma vez.
_____- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto ... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco.




_____E foi então que apareceu a raposa:
_____- Bom dia, disse a raposa.
_____- Bom dia, respondeu educadamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
_____- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
_____- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
_____- Sou uma raposa, disse a raposa
_____- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
_____- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
_____- Ah! desculpa, disse o principezinho.
_____Após uma reflexão, acrescentou: - Que quer dizer "cativar"?
_____- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
_____- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
_____- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhastambém. É a única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
_____- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
_____- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
_____- Criar laços?
_____- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
_____- Começo a compreender, disse o principezinho. - Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
_____- É possível, disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra ...
_____- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
_____A raposa pareceu intrigada: - Num outro planeta?
_____- Sim.
_____- Há caçadores nesse planeta?
_____- Não.
_____- Que bom ! E galinhas?
_____- Também não.
_____- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
_____Mas a raposa voltou à sua idéia.
_____- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ...
_____A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
_____- Por favor... cativa-me disse ela.
_____- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
_____- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo, cativa-me!
_____ - Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
_____ - É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
_____No dia seguinte o principezinho voltou.
_____- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração ... É preciso ritos.
_____- Que é um rito? perguntou o principezinho.
_____- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias !
_____Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
_____- Ah ! Eu vou chorar.
_____- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ...
_____- Quis, disse a raposa.
_____- Mas tu vais chorar ! disse o principezinho.
_____- Vou, disse a raposa.
_____- Então, não sais lucrando nada !
_____- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
_____Depois ela acrescentou: - Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
_____Foi o principezinho rever as rosas:
_____- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
_____E as rosas estavam desapontadas.
_____- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
_____E voltou, então, à raposa:
_____- Adeus, disse ele...
_____- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
_____- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
_____- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
_____- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
_____- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
_____- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


Entonc
A parte de ser responsável pelo que foi cativado me paree a parte mais irrelevante do segredo.

Um comentário:

  1. as pessoas seguem citando o pequeno príncipe nas partes menos importantes.
    pelo menos uma vez por mes, alguém que eu conheço fala da rosa e da raposa e da responsabilidade de ter cativado que as pessoas deveriam ter...
    as pessoas deveriam se sentir mais responsáveis tb por se deixarm cativar.
    "mas a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser."

    ah, gostei das tuas partes favoritas do livro.
    a minha é "o essencial é invisível para os olhos." e "Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz."

    ^^

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