domingo, 9 de setembro de 2018

Conexão Waterloo - Guadalajara


             Semana passada eu vesti uma camiseta do vagão e antes que eu me desse conta havia um rótulo de bacardi colado nela. O velho escudo cheio de estardalhaço. Dessa vez ele serviu para alguma coisa. Por causa dele e de um show com meus, eu percebi que estava na hora de levantar a guarda de novo. Ficar escondido num canto deixano o mundo me bater não resolveria nada. E, com uma espada nova, eu fiz um show escorado num balcão. Lembrei de algo que um inimigo me disse uma vez sobre ser senhor das minhas ações. E lembrei que certas coisas não mudam. Se me defendo batendo, é lógico que me defendo com uma espada.


              Há músicas que me desmotam. E há músicas que colam meus pedaços. Não conseguiria explicar tudo que essa música significa. E acho que não conseguiria agradecer como foi mágico tocar essa música com os meus amigos. Queria que meu pai estivesse lá pra me ver tocar. Por capricho, eu queria também a filha do seu Afonso, mesmo ela estando cansada de saber que é o meu bem querer. As outras coisas que eu queria estavam ali, ao alcance da minha mão.




              E depois mais shows, mais noites mal dormidas, ressaca pra acordar e começar tudo de novo. Normalmente eu toco no lado errado do palco da beer, na frente do quadro de waterloo. Aquele quadro já foi pano de fundo de tanta coisa. Ele testemunhou meu melhor e meu pior. Irônico pensar que justamente ele me fez lembrar do porque eu estava ali. Me fez tirar o peso das costas e simplesmente segurar um fender e ser feliz. E eu não tinha mais medo. Eu não me escondi mais. Um exagero atrás do outro. 
 

                Tudo acaba em gudalajara. E o méxico tem suas regras. O frederico que sabia das coisas.