domingo, 17 de outubro de 2010

Uma lacuna

Ao som de Cacho Cataña - Garganta con Arena

O template anterior me derrubou e aqui estamos com esse novo. Ele é provisório enquanto eu decido se vou pro wordpress ou perco meu tempo configurando as paradas aqui.

Enfim, antes de subir no palco, uma mensagem como quem pedia perdão. O Fiu apareceu e agradeci ao Único Acima por mandar um sem asas pra cuidar de mim. Se na madrugada anterior eu havia visto uma carta de tarô ruim na escada, ali eu estava vendo uma das minhas peças mais preciosas. Soltei o cabelo cantarolando o meu velho tango - la gente está apludiendo, aunque te estés muriendo no conocem tu dolor. De novo, atrás do sorriso e dos cabelos, ninguém me viu chorando. Lá fora chovia.

Não cantei aos berros por que ninguém iria ouvir, mas quase me derrubou.

"Tô precisando de ajuda,
me escuta por favor

É só você que me entende
seja do jeito que for

Me leva prá algum lugar
só pra viver essa paixão

Meu coração não suporta mais
bater assim tão descompassado

Não entendo pôr que razão
mas você nunca está do meu lado

Por favor não vá embora
fechando a porta sem me dizer nada

Faça alguma coisa comigo
não posso mais viver assim."


Se fosse em outras épocas eu mandaria pelo orkut por testemunho prá não ser aceito. Ficar dizendo que não é justo não vai ajudar em nada. Só sei que tá foda De tempos em tempos eu aprendo uma coisa nova que acaba por modificar todas as outras que eu achava que sabia. Foi assim com o postal em várias línguas, a promessa para o mar, as asas e o perdão. Acabei aprendendo que eu não estava e nunca estive perturbado por causa de pessoas. O que eu buscava e ainda busco é uma sensação. No momento, há uma única pessoa que faz com que todo o resto se torne relativo. E quando isso acontece eu sei que estou vivo. Balançado e com medo, me sentindo sozinho, mas ainda assim sorrindo e acreditando.

Pensar em inglês é o que chega mais perto de me irritar. Tudo parte da mesma ironia que pinta o mundo de cinza pra não me deixar ir para o ninho das águias enquanto a Lua via crescendo no céu.

Nunca melhora, como eu já vinha dizendo.

Em uma noite eu vou em todas as festas do mundo rindo de mim mesmo: ironicamente procurando o que mais quero onde tenho certeza que ela não está. ¿Mas que espécie de idiota eu seria se desistisse de procurar.? E de querer.?

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