segunda-feira, 12 de julho de 2010

!Que Lío!

Ao som de Muse - Map of Problematique

_____Às vezes eu fecho os olhos, e quando eu abro eu vejo o paraíso. Às vezes eu fecho os olhos e só tenho vontade de mantê-los fechados. É difícil acreditar, o Único Acima sabe que é difícil acreditar. Mas eu tento. Nas minhas costas os escombros de saber que não sei mentir tão bem. De perceber que todas minhas mentiras se tornaram inúteis e desnecessárias. Elas não conseguem me defender. Minto como um peão e ela como um rei. E por mais que o peão e o rei voltem prá mesma caixa depois do jogo, rei só existe um e peão existem vários. Aqui dentro há um caos enorme. Uma criança mimada gritando que a dor é muito maior do que ela é na realidade. Um moralista tentando convencer que estou fazendo uma coisa muito errada. Um otimista tentando dizer que tem tudo prá dar certo. E no cantinho da minha alma, um kamikaze fuma um cigarro brincado com uma poça dágua. Ele parece triste com todo esse lío. Ele parece ser o único que entende que não precisa se defender de nada.

_____Das ordens justas e coerentes que me dão, eu tento obedecer todas, com excessão de uma. Seria impossíel, eu vivo marchando.

_____Ouvindo música sentado em um sofá que só os inteligentes podem ver, eu lembro de ter ouvido ela dizer: se a próxima for boa, a gente dança. E eu continuo dançando desde então. Mas é tão estranho dançar uma música que não conigo entender. O tempo que fiquei me proibindo de dançar e de ser feliz também pesa nas minhas asas.

_____Minha gaveta de espólios vai ficando sem nenhum amarrador de cabelo. Frenesi significa excitação. As estrelas ainda me fazem sorrir. ¿Ou deveria eu dizer que elas me permitem sorrir. ? Que idiota, aqui estou eu tentando me anular de novo. Mas, apesar disso, não perdi meu toque: Ainda sei fazer chover e a chuva ainda esconde o que tem que esconder, ao mesmo tempo que me lembra de uma promessa que foi feita.

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