segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Você é estranho, senhor."

Ao som de Jeferson Airplane - Somebody to love

_____Ainda na tarde eu sabia que tudo ia continuar na mesma vibe. Minha fé de novo no pulso e um gosto de felicidade nos lábios. Acompanhei o fim do juventude (falo sobre isso com calma depois) no rádio e depois aniversário do Barão. Lazanha e conversas leves. Entre a lazanha de frango e a de brócolis com espinafre, eu já estava trabalhando no plano. Uma ligação inviabilizou o que era o plano A desde a véspera. O plano B foi rápido: um café no Missi, um abraço pra me agradecer por um barquinho de papel. A energia do lugar estava estranha e eu saí de lá rápido. Pensei no plano C, que seria o combo casa-cama-repouso merecido, mas o sono insiste em me abandonar quando preciso dele. E havia ali uma variável que eu nunca consigo controlar ou prever. Então parti pro plano D, que era ir pro Vagão ver o show do Fabrício Beck e resenhar o César Casara, já que ele será o futuro presidente do Esporte Clube Juventude. Encontrei o bar meio cheio, o César meio bêbado e a festa meio estranha. O tempo foi passando até o bar ficar muito vazio, o César muito bêbado e a festa imensamente estranha. Assim é o Vagão. Em alguns momentos eu achei que estava na festa latina. Das confusões que aconteceram, fica uma série de frases surreais do Pubby e o litro de Tequila pela metade que eu devolvi no balcão sem ter bebido uma gota. Ficou muito claro que nem todos tem a estrutura necessária para passar o rodo e lidar bem com a situação. Acabei me empenhando em manter a amiga acordada e o Casara longe das lésbicas carnívoras. Tudo muito normal, pensei eu.

_____Enquanto fiquei empoleirado lá no meu canto, considerei quantas situações na qual só conto com a sorte se equivalem em valor a uma situação que posso prever com certeza. É a mesma conta que se faz atribuindo-se valorres diferenciados para as peças de xadrez. Mas, diferentemente do tabuleiro, ainda não tenho um valor nem perto de estar preciso.

_____Há coisas que não mudam, graças ao Único Acima e a uma teimosia sábia que nós insistimos em usar, para descontentamento geral de quem observa de fora e não entende. E num sorriso de foda-se o equilíbrio volta a reinar.

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