domingo, 19 de setembro de 2010

confome eu dizia...

____Eu continuo dormindo do meu jeito absurdo. Meu corpo já entendeu que a casa caiu e que ele me odiar não vai melhorar nada. Quase todo mundo me pergunta porque estou fazendo isso. Alguns admirados e a grande maioria imaginando que sou um imbecil completo. Faz muito tempo que eu entendi que dormindo menos tempo e mais vezes o dia rende mais. Não sei explicar como nem porque, mas dormindo desse jeito aparentemente caótico, eu sinto que acordo e continuo de onde parei quando dormi. E não acordo pacholento. Invariavelmente acordo elétrico.

____O efeito colateral de tudo é que a cada 6 ou 7 dias meu corpo dá um takeover na idéia e simplesmente apago. Mas vale a pena. Enfim, todo esse blablabla pra, depois de dormir 3 horas, continuar de onde parei, postando o sambinha com a letra que eu cantei e a poesia da cecília.



A luz apaga porque já raiou o dia
E a fantasia vai voltar pro barracão
Outra ilusão desaparece quarta-feira
Queira ou não queira terminou o carnaval.

Mas não faz mal, não é o fim da batucada
E a madrugada vem trazer o meu amor
Bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro
Come o couro no terreiro porque o choro começou.

A gente ri
A gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri
A gente chora
E comemora o nosso amor.



Pus o meu sonho num navio

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas

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