terça-feira, 31 de julho de 2007

Una persona muy rara


Pelo avesso, enfim.


A pressão era de fora para dentro.
Uma fôrma que eu não queria ou podia me ajustar.
Palavras e sentimentos outorgados
E pensamentos impostos.

A ordem da mudança vem.
As lições do inevitável
E o tempo que eu considerava inimigo
Vem e me mostra que eu estava errado

Tantas forças convergindo
Eu só precisava estar no meu lugar
Sendo a cegueira minha inimiga
Pensando que podia estar em todos os lugares
E pensando que devia.

Minhas asas, meu casulo, minha quase vida
Uma porta aberta e depois fechada
Duas portas, dois caminhos opostos
E agora eu sei que eles vão até o mesmo lugar
E eu preciso dos dois, eu preciso de mim inteiro
E eu quero.

O meu jogo fazia com que eu me sentisse pequeno
Tudo e todos arrancando meus pedaços
E eu ganhando muito em troca
Mais do que merecia, mas do que podia agüentar
E nada do que eu recebia me era útil.
Um dama não serve para nada num tabuleiro de Xadrez

E entendi isso quando o jogo ficou desprovido de sentido
Quando me acreditei preto e branco e me vi colorido.
Não um espelho que eu posso ser
Não há inverso, nem errado nem certo.
As linhas tortas são apenas um texto simples
Escrito ao avesso, na vida e no verso.

E encontrei equilíbrio, encontrei riscos válidos
Posso crescer no meu ritmo, ou não
Cuidando onde piso, em quem piso
E ninguém pisará em mim novamente.
Não quero rezar para os convertidos.
Eu não subo, eu desço.
Se houver prisão, desapareço
A sinceridade é só consequência
O amor é o meu jeito, meu preço
E talvez a minha única diferença.

V.

4 comentários:

  1. Simplismente lindo!

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  2. se eu fizer um bolão será que eu ganho.??


    hum..
    acho que sim.
    :P

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  3. :S

    Ainda me vejo em preto e branco

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  4. Há tempos que venho lendo suas belas palavras.
    Não sei aonde poderia me encaixar nelas,mas sei que todas elas,todas mesmo fazem total sentido na vida de quem puder que seja.

    Passarei talvez com mais tempo na próxima.
    Continue escrevendo,vivendo e sendo o que sempre foi.

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