terça-feira, 18 de agosto de 2015

A vingança do paraense


      Porto Alegre, setembro de 2014, eu e um paraense estamos perdidos num domingo. Acabamos no gasômetro depois de passar pela feira de negraluna local, por do sol fail com nuvens. Bancas desorganizadas e uma cerveja não muito gelada. O paraense levou aquilo pro lado pessoal.

      Bélem, agosto de 2015, o mesmo paraense me resgata do meio da favela e me leva para um open bar de cerveja artesanal com comida (boa) . E tudo de frente pra um por do sol umas 10x  mais bonito do que o do sul. Na cara dele eu vi um sorriso leve de quem ele tinha planejado aquele momento com muito esmero. No fim, depois de tomar toda cerveja que dava, ele me mostra uma sorveteria que ganhou o prêmio de melhor sorvete do brasil e aponta o sorvete de açaí. Não pensei em dizer não.

     Aqui não é a terra onde Jesus nasceu. Aqui é a terra prometida descrita no Êxodo, onde cerveja artesanal gelada e linguiça frita com cebola brotam das pedras e os garçons são simpáticos. Onde os músicos tocam led zeppelin e pearl jam em palcos suspensos. Onde o sorvete de açaí tem mais gosto de açaí do que a própria fruta.

     Sério, Pastor Aranath, não sei como te agradecer.



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