quinta-feira, 31 de março de 2016

Foi por aqui que eu perdi... foi por aqui que eu perdi

Gosto de pensar que livros e músicas tem a sua hora.

Já li o tempo e o vento antes, mas ele nunca fez tanto sentido quanto esta fazendo agora. E eu sempre gostei de livros grossos porque eles são ótimos travesseiros.

Eu ouvi muitas vezes o cordel do fogo encantado. mas nunca foi tão certo quanto aqui. 

       Ultimamente tenho me sentido como uma cobra enrolada pra dar o bote. É desconfortável mas acabo permanecendo assim pra me defender das tretas que caem no meu colo sem aviso nenhum. Do meu jeito tosco eu tenho que me defender. Ou deveria dizer me esquivar.? Tantas contradições nas conversas e nas atitudes. ¿Mas o que poderia eu fazer.? Cada vez me importo menos e a ridícula disputa de poder segue. Sei que ela vai respingar em mim eventualmente e que não importa o que aconteça, vou sair perdendo.

            A solidão normalmente me é agradável, mas aqui, longe dos meus e convivendo forçadamente com pessoas que não me são próximas, a solidão é um peso a mais. Um cara roncando como uma motosserra divide quarto comigo e não me deixa dormir faz dias. As madrugadas que deveriam servir para colocar tudo em ordem só tem embaralhado mais meus pensamentos e minhas convicções. Enquanto isso meu corpo vai se arrastando pela mesma teimosia de sempre. 

No fim, fui eu escolhi esse inferno e estaria mentindo se dissesse que não sabia que ia ser assim. Não posso reclamar por ter me colocado onde estou. Até porque, cada vez que tento mentir pra mim mesmo dizendo que é só por um tempo e que as coisas vão melhorar, acabo gargalhando por saber que não quero voltar pra caxias por um bom tempo. E que nunca melhora.

Eu percebi que existe um certo medo que eu preciso derrotar antes que ele me quebre. E aqui longe de tudo eu posso fazer isso. Uma foto do Gabriel me lembrou de uma coisa: "É difícil aprisionar os que tem asas."


Julgamento - isto, é o que a gente tem de sempre pedir! Para quê? Para não se ter medo! É o que comigo é. Careci deste julgamento, só para verem que não tenho medo... Se a condena for às ásperas, com minha coragem me amparo. Agora, se eu receber sentença salva, com minha coragem vos agradeço. Perdão, pedir, não peço: que eu acho que quem pede, para escapar com vida, merece é meia-vida e dobro de morte. Mas agradeço, fortemente" [GS:V]

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