quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Roendo unhas

Ao som de: Bon Jovi - Everyday

_____Diante de um completo desnecessário, ele ofereceu o que o que não era uma obrigação, mas ainda assim era justo. A inocência fraquejou e a vontade de pedir mais falou mais alto. Diante do pedido exagerado e fora de cabimento, ele simplesmente disse que seria fácil. Já sozinho no quarto, antes de morder uma cenoura, considerou que a vontade de fazer o mal às vezes é quase irresistível. No meio do inverno, com o quarto com cheiro de madeira, viu o cachorro pular e se ajeitar entre as brasas da lareira, ignorando por completo o fogo. Antes de adormecer, considerou uma breve inveja da cena na lareira, mas teria que ser água e não fogo. A água queima por dentro.

_____Sonhos são maquinações. Admira-me a capacidade do cérebro de contruir uma cena sem imagens. Os outros sentidos são obviamente subestimados, já que mesmo de olhos fechados conseguimos enxergar o que queremos. As vacas na índia sabem muito bem que ninguém vai incomodá-las. É um brinquedo tão simples que simplesmente pular é a maior loucura que se pode fazer. Mas cair de cabeça pra baixo enquanto o cérebro discute com todos os sentidos é muito bom. E isso não muda com o andar do filme. Se você pudesse assistí-lo de trás para frente ele faria o mesmo sentido. Água fria para ser cuspida na calçada, assim eu amanheço. Mesmo sem ter certeza de que dia é hoje.

_____Pelo menos sei que é dia. ¿Power to the people?

À Mai Shiranui, sempre.

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