quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Das cinzas...

Ao som de: Julieta Venegas: Andamos huyendo

_____Dia de show, dia estranho. Trabalhando para montar o novo som do Vagão. Todo trabalho possível para não pensar muito. Equilibrado na mesma linha de sábado, mas sem o mesmo ímpeto de correr. Eu tinha certeza de que tudo ia dar certo de novo. Se eu não me conhecesse.. eu diria que estava com medo de cair..E medo de outras coisas também.

_____De novo depois do show sentei na minha janela para prestar um relatório a mim mesmo e ao Único Acima. Garoa gelada e vento quente e eu ali, me sentindo insignificante de um jeito que só consigo quando estou feliz. Mas a mesma sensação de sempre também estava ali. A sensação de que faltava alguma coisa. Seria um momento perfeito para despencar e começar a me auto destruir, mas eu tinha outros planos. Temos um reputação para manter. Ninguem caiu. Ninguém me viu sequer hesitando. Mas foi foda aguentar o vazio.

_____O que me pesa, no fim das contas é saber que nada que eu beba vai saciar minha sede. Tenho sede de gelo salgado. É complicado prá mim decidir sem ter certeza. Ter vontade de uma única mulher e não tê-la do meu lado.
Tudo muito errado

_____Persevero na idéia de ser eu mesmo. Os marinheiros bons são forjados nas grandes tempestades. Era dia claro quando abri uma garrafa de tequila e brindei com quem tinha sobrevivido até ali. No brinde pedi que aquela noite e tudo que tinha acontecido nela tenha servido de lição.

_____É um pedido justo, não é.??

Nenhum comentário:

Postar um comentário