segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um lugar...

Ao som de: fusas na escala de Em

Eu tinha um anel de pescador quando pescava. Depois usei uma corrente que me prendia sem eu saber. E numa tarde fria, com a chuva caindo fina e gelada, cavei mais fundo que pude na areia e enterrei a corrente que me prendia. E agora carrego comigo uma constelação. Pequena e simples, como as maiores coisas da vida. Eu nunca fui bom e forjar pedaços. E me provei incapaz de seguir estrelas, embora finalmente eu consiga entendê-las. Se hoje estou longe delas, é por causa das minhas escolhas. Como culpar as estrelas por permanecerem no firmamento.??

Mesmo que a maioria das minhas perguntas tenha sido respondida com silêncio, eu entendi do que tenho medo.

E as estrelas vieram falar comigo. E, mesmo com toda distância. Eu sinto algo muito parecido com alívio. Para alguns o ano nõa terminou, para outros não começou. O ciclo está incompleto.

Devagar e de uma forma bem engraçada, estou voltando para a minha rotina. Compro uma agenda e cartões coloridos e sorrio fazendo as pessoas sorrir. Isos faz parte do meu trabalho.

É possível que o veneno consiga mesmo curar, mas por enquanto estou mais preocupado em voar do que trocar um ponto de apoio por outro.

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