quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Nascido com percepção e com um punho erguido....

Ao som de: Rage - Ashes in the fall

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No final da tarde choveu, mas e daí.?? Eu estava la´sentado proseando com o Artur. Foi uma cena bem surreal, considerando que ficamos os dois o dia inteiro correndo por causa de impressões e clientes urgentes. Mas é tudo pra´ontem né.?? E tudo que precisa ser editado vem em jpg. E não basta apertar o "imprimir", também é necessário desatolar e retomar. E depois mais ensaio. Chega dessa rotina louca. Amanhã quero festa, quero me divertir e olhar nos olhos.


_____Foto de um show muito bom da Rise against. Foi o dia do Mosh da Mari que o Taloco não viu e se lamenta por isso até hoje. Não lembro se foi o show que todo mundo gostou menos o Taloco ou se foi o que todo mundo odiou, meno o taloco. (Dá praver que ele é sempre o diferente né.??)
_____Tocar com esses caras é simplesmente fantástico. Tem uma coisa que eu escrevi há séculos atrás, que voltam a fazer sentido agora.
_____Somos uma banda. Seria smples se fosse só isso. Mas somos também irmãos. Para o bem e para o mal. Nós discutimos por besteiras com a mesma intensidade com a qual nos divertimos em cima de um palco. Como uma banda dividimos um trabalho. O melhor trabalho do mundo. Fazer o que se gosta, se divertir fazendo isso e trabalhar numa festa; o que mais uma turma de amigos de 20 e poucos anos poderia querer. É claro que, como irmãos, dividimos tudo, implicâncias inconscientes, expectativas frustradas, interesses comuns, interesses incomuns. E ainda rimos como crianças, sem culpa nenhuma por confiarmos um no outro. Nunca saberemos se somos irmãos por que tocamos na mesma banda ou se tocamos na mesma banda porque somos irmãos. De qualquer forma, sempre é um prazer e uma honra tocar com seres humanos tão fantásticos como meus irmãos. É indescritível a sensação de poder tocar sabendo que, para qualquer lado que se olhe, haverá alguém para me dar segurança. Juntos nós usamos a música para falar ao coração das pessoas. Cada música com um jeito diferente de tocar as pessoas e de ser tocada por nós. No fundo, no somos tão prepotentes. Sabemos que é a música que nos toca, não nós que a tocamos. E nós ainda vamos reclamar e discutir bastante antes do fim, com razão ou não. Mas ver o brilho nos olhos da platéia que pula ensandecida sendo tocada pelo nosso som justifica tudo.
_____E a gente só se olha e ri, porque a gente sabe que na batida da bateria bate também nosso coração. No ritmo do baixo e na energia da guitarra tudo finalmente faz sentido. Irmãos ou uma banda?? Agora tanto faz; o show começou e nossos sentimentos têm uma voz. Pule com a gente e grite até não aguentar mais. Olhe para os nossos olhos e vejam o mesmo brilho que nós vemos em você. É isso que vai libertar você. É isso que fará a diferença.

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