sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A um passo de uma caipira.


           Duas coisas me fazem ir no médico. Uma delas é febre. Depois de passar uma noite torto de febre, colei no plantão. Quando a mulher da triagem me perguntou porque eu estava lá, segurei o sorriso de quem teve uma boa ideia e, ainda parecendo um zumbi, respondi com ar pastoso. - "Olha, parecia uma gripe, mas agora acho até que é dengue". A enfermeira fez cara de assustada e eu sabia que tinha dado certo. Em exatos 12 minutos eu estava sentando na frente do médico. OK, era gripe e alergia num combo tipo aquelas lutas do mortal kombat. ele só receitou antialérgico quando eu disse que estava me sentindo no meio de uma ressaca de vinho ruim e de derby vermelho. Não lembro bem da conversa, ainda estava rengo. mas lembro do médico pedir encarecidamente pra mim não beber até melhorar.

          Ironicamente, tem um garrafão de cachaça do lado do fogão e cada vez que vou esquentar água pros chás ou pro chimarrão eu dou de cara com ele. Eu devia tirar ele dali. Ah, mas eu devia fazer tanta coisa.  

            Eu só lamento nisso tudo não conseguir lembrar direito das viagens que tive quando a febre não me deixou dormir. Eu acordei com uma joaninha - o inseto - na mão. E com uma moeda dentro da cueca. Pergunto-me que tipo de alucinação eu estava tendo pra chegar nisso.


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