quinta-feira, 30 de abril de 2015

Kardashiando

               Eu começaria a maior parte dos meus textos com um "enfim". É como se eu escre-vesse de tras pra frente. Pensasse primeiro no fim e depois num caminho pra chegar até ele.  É o meu jeito de colocar alguma ordem nos meus pensamentos que chegam em forma de avalanche. 

Se eu não organizasse. meus textos seriam assim:
Perguntar não é jogo e sim igualdade. Poucas perguntas importam ¿O que é o amor? O que é sagrado? pelo que vale a pena morrer? Pelo que vale a pena morrer.? Estou confuso. Todos estamos. A confusão se dilui. Fui feito pra ser solitário. Ninguém é uma ilha. Diminuir espaços. Dar espaço para aprender. Esperar. Fé e esperança não são a mesma coisa. Agir com fé e agir com esperança são coisas diferentes. Um selo nas minhas cartas. O livro tinha poeira demais. Roubei ele de uma casa paroquial. Mentira. Achei ele lá. Mentira. Um padre me deu. Buenos dias, dijo ele zorro. O pingente no lugar certo. O que  eu sou importa mais do que o meu trabalho. Tiago. Enxergo longe porque tenho gigantes me segurando. Fazer é muito diferente do que dizer que preciso fazer. Conhecer a estratégia certa não é vencer. Alguém me desenha um carneiro.? Um boneco de palitinho.?  Que o caminho do heróis siga até o triforce. Quando a ordem de mudança vem, a gente muda. De frente pro abismo só se pode andar prá trás, seguindo as próprias pegadas. Uma tempestade sopra do paraíso forçando as minhas asas. Ela é tão forte que eu consigo mais fechá-las.


         Essas poucas linhas que não devem fazer sentido nenhum pra mais ninguém além de mim, se organizadas dariam umas 123 páginas (estou aprendendo a exagerar). 

Um pedaço do texto seria assim algo:
Quando me sinto confuso, gosto de fazer as pessoas pensarem. Vivo pensando e isso fortalece e me desconstrói. No fim faz bem e  divido isso com os outros as vezes contra a vontade deles . Sou fiel ao que acredito mas não tenho medo de mudar de idéia. As vezes seguir em frente obstinadamente significa cair. Não sei as perguntas certas, mas sei que certas respostam mostram muito mais do que deveriam. E pergunto porque sou curioso. Porque me interessa saber o que levou uma determinada pessoa pra minha vida, pra dentro do meu mundo que agora não tem mais muros nem fosso. Desde criança achei que me isolar era minha única possibilidade. E por mais que as razões fossem justificáveis. Sinto-me indescritivelmente leve agora. Com os escombros dos muros eu construirei pontes. Conforme eu me aproximar das pessoas que gosto, mas próximo estarei de mim mesmo.

Ler as cartas pra mim e pra outra pessoa são coisas completamente diferentes. A bagunça de informações precisa ser organizada e descrita também nesse caso. Peguei um VELHO livro cheio de rabiscos e anotações sobre as cartas pra lembrar das palavras certas de cada carta. Quase 20 anos se passaram desde que um padre me deu ele de presente. Acho que essa ironia conta pra mim. E, na prateleira o livro estava do lado do pequeno príncipe em español. Essa ironia conta pro Único Acima.

Mudar não é fácil, mas é bem divertido. Ontem tive uma conversa cheia de entrelinhas que me convenceu ainda mais que estou de volta nos trilhos. Reaprendendo coisas simples e me libertando de vícios crônicos. Com fé e atitudes na proporção certa.

Agora que a ordem de mudança veio, sinto que nada mais pode me parar.

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