sábado, 25 de abril de 2015

Cada vez mais juntos

         Conjugação verbal é uma das partes que eu mais gosto na língua portuguesa. Gosto do pretérito perfeito  e do imperfeito e entendo quando cada um cabe. O presente do indicativo é o melhor tempo verbal no meu reino - que chamo de agora. Com tudo isso em mente, não pude deixar de perceber uma mudança no meu jeito de ver as coisas. No meu jeito de falar comigo mesmo. Depois de uma mudança, eu normalmente encho minha oratória de infinitivos: coisas que preciso fazer. Pessoas com as quais quero conversar. Maneiras para mudar. Deixar pra trás. Esquecer. Esconder-me. 

        Tudo tão impessoal. O jeito de falar típico de quem não quer se envolver. De quem não se compromete. De quem não queria ou não conseguia se envolver, no meu caso.

         O fato é que ontem à noite, quando me dei conta, estava falando comigo através de imperativos. Acredite. Confie. Entenda. Torça. Mude. Ajude. Faça mais. Seja. E entendo porque não me sinto vulnerável ,mesmo me mostrando sem escudo nenhum... o comprometimento me deixa forte. 

        Por fim, penso que as melhores pessoas merecem meu melhor tempo verbal...então voltamos ao presente do indicativo.

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