terça-feira, 21 de abril de 2015

Feliz

        Sexta era curiosidade... sábado foi vontade e segunda foi admiração. Inevitável. ¿Como é possível alguém que eu não conhecia mudar tanto minha vida em 3 dias.? Um sorriso bobo refletido no meu e de repente todas minhas tragédias e meus desencontros do passado pesam menos. Misturo um pouco de medo com uma certeza mágica de que estou no lugar certo e no tempo certo. Não mudo o que sou mas mudo meu jeito de ver o mundo. E, pelo Deus que não existe. como o mundo é bom. Anoiteceres, inverno. Impossível escolher entre o pequeno príncipe e a Alice. Falo da Europa. Meu cenário era ficar por ela. Ela melhora tudo e diz que iria junto. 

         Uma proposta para ficarmos bêbados juntos. Ela compra a causa e me embebeda por entre a lei seca do bar. Havia um plano pra ir devagar, mas sabemos bem como os planos mudam rápido quando há muita coisa em jogo. Os olhos quase enchendo d'água e arranjei coragem pra perguntar. Eu tinha esperança que ela dissesse sim. Ela me diz não sabendo porque estava respondendo. E não muda nada, já que continuamos sorrindo. A meu favor eu tinha as mordidas no pescoço. Então eu contei minha fraqueza sobre a erguida de sobrancelhas. Que ela nunca admita que confia em mim e que eu seja sempre confiável. Que nossas asas voem juntas.

           Na minha mesa encontro um anel. Coloco ele nas cordas Virgílio, meu velho baixo... meu guia no inferno. Minha relação com a música é sempre assim. Ou de todo coração ou nada feito. E como anel dela minhas notas soam melhores. Cada vez mais parecidas com o riso que encheu meu quarto de cores.

Quase. 

Somos quase namorados. 

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