terça-feira, 28 de abril de 2015

Eu ganho pela cor do trigo....

      Todo mundo tem um plano até tomar o primeiro golpe. No meu caso, não se perde plano nenhum, simplesmente se adapta tudo enquanto tenta-se não acusar o golpe. No meio de tudo eu chorei. Falhei miseravelmente. Sem plano B eu sigo em frente. 

         Depois de tudo entrei no carro e ouvi um barulho estranho no porta trecos da porta Eu ainda tinha a chave de uma casa da praia. E uma toalha no porta malas. Antes que eu sequer tivesse tempo de hesitar, estava indo pro leste. Não que eu fosse chorar mais ou exagerar na minha dor ouvindo o som das ondas, mas havia uma coisa que eu precisava fazer. Havia um brotinho cujas raízes já estavam fundas demais. Já estava na hora de arrancar esse maldito brotinho e deixar minhas feridas cicatrizarem. Lembrei das 4 leis espirituais e me senti um pouco melhor. Meu conceito perigoso e realista de equilíbrio. Não poderia ter sido diferente. Mesmo colocando tudo a perder, fui eu mesmo. Inteiro. Burro. Intenso. O pingente está com ela.

      Quando voltei, dei de cara com minhas cartas de tarô me esperando. Pelo Único Acima, que ninguém ouse dizer que eu não sei planejar. Fiquei embaralhando por uns 5 minutos, adiando o inevitável. Quando vi as cartas, não cheguei a sorrir, mas fiquei em dúvida se era a realidade me dando uma voadora ou se era o campeonato de ironias voltando.  ¿A Morte e Os Enamorados MESMO?






         Na praia sempre escrevo na areia. Faz parte das minhas conversas com o mar. Dessa vez escrevi num lugar onde as ondas não pudessem apagar. Precisamos de tempo. 

E faz séculos que sei que não sou importante. 

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