_____Há algo em mim que pouquíssima gente viu. E que provavelmente ninguém vai ver de novo. As vezes, no meio da madrugada, quando meus fantasmas não me deixam dormir, eu pego o violão e fico tocando, sentado no chão nos pés da cama. Eu toco bem baixinho, como se meus acordes fossem perturbar o silêncio. Sussurrando versos como se, com uma pena indescritível, estivesse tentando ensinar a mim mesmo de novo e de novo. Não sei dizer como soa aquilo que toco, porque fico focado no que acontece dentro. E dói olhar pra dentro quando é tarde demais numa madrugada qualquer.
_____Enquanto tocava essa música, vi o sol refletido num ovo de páscoa enquanto amanhecia. Luz demais, se isso fosse possível.
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