sábado, 28 de abril de 2012

Com os pés prá cima


Uma coisa de cada vez, fingindo pra mim mesmo que existe uma organização nos planos que não tenho. Nos planos que não perco mais tempo fazendo. Fim da tarde tocando chico no violão. Se um dia eu tocar bem, tenho um agradecimento público a fazer. Um pai e uma mãe no que se refere a música. E no que se refere a vida,  porque, mnéh, entre uma nota e outra não sobra espaço para personagens. ¿Será que ela pensa em mim por causa das letras?  Será que semear vento pela cidade e sair bebendo uma tempestade tem o mesmo significado para mim e para ela.? Acabei anoitecendo no teclado tocando Adele com pinguinhos caindo nas teclas. Cantando baixinho, completamente desafinado. Na música tenho achado a fuga que precisava, ou seria meu merecido descanso. Nota atrás de nota vou colocando tudo prá fora... sem ódio, sem tristeza, sem raiva, sem nada e ao mesmo tempo com tudo. Rindo de mim mesmo por não saber onde colocar os dedos na trilha sonora de um fim. Para cada lembrança ruim que sai eu coloco uma boa no lugar.  Meus pulsos não doem mais, coloquei de volta neles o que nunca deveria ter tirado. Devagar eu vou melhorando.

De uma hora para outra um cavalo marinho pode morder meu queixo e posso acabar morando na praia.

Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

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