sábado, 12 de junho de 2010

Mil Perdões

Ao som de Chico - Valsinha

E de novo estou aqui, escrevendo coisas que só eu e vc entendemos. Faz muito tempo isso. Várias vezes entendemos errado o que foi escrito, mas ainda assim eu insisto. Minha esperança tem quase a mesma teimosia que você.

Livros...músicas... Apesar das tuas travessuras e de você ser uma menina má, ainda releio crime e castigo de vez em quando. EU deveria ter sublinhado mais o livro. Li 500 páginas do Germinal para encontrar uma frase que não sabia qual era. E não tinha como não dar um meio sorriso cada vez que o livro descrevia o vento com a personalidade dele. E achei a frase que estava procurando na pág 426.

Se eu disser que sou um louco a perguntar o que que a vida vai fazer de mim, você provavelmente vai me dar um puxão (ou uma mordida) no queixo e eu invariavelmente vou rir. Tem as estrelas também. As estrelas sempre me fazem rir.

Sei que tem chuvas que são minhas e chuvas que são tuas, mas já esqueci qual é qual. Ela as vezes cai forte e quente, cheia de pingos grossos, às vezes cai fria e devagar, bem fininha. Um dia podemos discutir isso com aquele litro de tequila que eu ainda te devo.

Durante os shows, às vezes grito pedaços de músicas aos berros, às vezes fico chorando escondido atrás dos cabelos sem ninguém ver. 50 receitas né.? Pois é, nenhuma deu certo. We are chosing to be here. Right now. Hold on. Stay inside. Foi você que me disse isso. E Tool se transformou no meu Chico Buarque. E eu quis ser o terceiro. E pintei uma pena de vermelho. E repito sempre 'nunca me conceda descansar'.

A foto do meu melhor sorriso. Do teu melhor sorriso. Em pb e com contraste estourado. Tua cara de braba quando eu te resenhava porque tu roncava e babava. Aquela hora na missa que os dois estavam pensando na mesma coisa. O meu seem e a risada AH AH AH que tu proibiu. A tele entrega da Rê Felipão. Nossos infinitos desencontros. Nosos encontros infinitos. As poesias nas carteiras de cigarro vazias. O São Francisco.

Não posso chamar todas essas lembranças de presente.
Além dos dois suspiros, existe uma coisa que eu posso te dar, mas da mesma maneira que eu reclamei por você ter me roubado uma coisa que sempre foi tua, não posso, agora, te dar algo que sempre foi teu.
Na minha música inédita, eu desisto do meu feitiço e vou logo pro teu refrão. Ñ vou torcer teu braço, vou distorcer teu coração.

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