quinta-feira, 27 de maio de 2010

Veredas

Ao som de: No te va gustar

_____Ás vezes a madrugada passa lenta. Tudo que eu queria era um jeito de me desligar, sem ficar rolando na cama, sem ficar brigando com os meus pensamentos. É uma briga que não posso vencer. Meus horários tortos me custam caro. Minhas lembranças também não ajudam. Solto um sorriso misturado com um suspiro enquanto repito baixinho: nunca melhora.

_____Estou preocupado. Sinto-me sujo e não consigo saber ao certo se estou me sujando agora ou se estou apenas vendo uma sujeira que já se acumula há tempos. De qualquer jeito, a frase rabiscada no meu espelho continua valendo: eu sei o que fazer. E se quiser voltar a olhar as pessoas nos olhos sem vergonha, é bom que faça isso logo.

_____Preciso me redimir de uma mentira, ou melhor, de uma meia verdade que disse na festa de terça. Eu disse que não tenho consciência, que não sinto remorso das coisas que faço e que sei que estão erradas. Isso não é bem assim. Minha consciência me mantém nos trilhos a base de chibatadas. A questão é que tenho um senso de justiça e punição que não passa por questões morais. Ou seja, se alguém me lesar, e eu tiver oportunidade de lesar de volta, é bem provável que eu o faça e que não me sinta mal com isso.

_____Disseram que iam me levar pra praia. Estou precisando mesmo de água salgada prá fazer uma faxina na alma. E por outro lado, preciso de um pouco mais de cuidado com o meu corpo. Enquanto isso, eu continuo aqui tocando mil músicas procurando relações perdidas nas letras e nos acordes delas. E cortando fotos sem foco. E tentando escolher o certo.

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