Comecei a madrugada na casa do meu professor, que também é o meu amigo, e que também é um ser humano notável. Partituras, músicas fodas, músicas rídículas. Risadas por pensarmos os mesmos absurdos. Acho que não durmi, mas isso não faz muita diferença.
comecei a tarde ouvindo chico. discutindo chico e conversando chico.
Sentindo o coração batendo atravessado.
Rindo por baixo do céu cinza.
Teimosia é foda.
30 anos lembrados numa ligação. Medeo eu também tenho. Mas a confiança é maior.
Depois ganhei meu presente. Não sei porque convenço as pessoas do contrário. Eu deveria mesmo aceitar tudo como é, como deveria ser, como seria teoricamente melhor, mas não consigo. Não seria eu. Mudo o que não gosto, se não consigo me destruo no empenho de mudar. Esse desejo pela mudança e pelo movimento pode muito bem ser minha ruína, mas não ser eu mesmo não serve mais como opção.
Como poderia explicar que numa aula de música aprendi que mentira e trairagem não são aceitáveis. Nem em mim e nem nos outros.
Equipamento reduzido: o estandarte dos kamikazes no peito e uma toalha no porta malas. O resto não ia servir pra nada.
subi no palco cantarolando o hino do politheama. E o Pai nosso em español. Não sei ao certo, mas parece que eu finalmente me senti sozinho. Duas notas depois tudo já estava bem.
Tentar tranformar em sons o que eu sinto passa pelos meus músculos e quando o que eu sinto tá muito confuso volta uma dor muito familiar nos braços. É o preço do exagero, mas é assim que eu tinha que tocar.
Um bunker laranja. Gente sem moral nenhuma e justamente por isso, muito importante pra mim.
Na volta pra casa eu pensei numa valsinha. Os pedaços que não consegui colar, foda-se, ser inteiro não combina comigo. Eu tenho muito mais do que faço por merecer.
Choveu. Bem gelado. Acho que meu anjo caiu da janela de tanto rir.
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