domingo, 16 de maio de 2010

Aquilo que podemos

Ao som de: Astor Piazzolla - todo Libertango


_____Sentei na sacada e fiz o sol nascer por não ter com quem conversar. Noite longa e estranha, mas todas as noites tem sido assim. fiquei focado em fazer o que eu pensei ser certo. Meu dicernimento falhou em algusn momentos, mas não foi por minha falha. È o preço que pago por conviver com pessoas com opiniões e critérios muito diferentes dos meus. Há um rótulo de bacardi colado na minha camiseta. E ninguém pode dizer o orgulho que senti por usar uma camiseta de uma banda de amigos meus. Amigos que eu considero grandes. Um deles invadiu o palco, e eu imaginei que nada poderia ser mais adequado naquele momento. Sinto uma dor muito familiar nos meus braços, mas já que meu professor tocou o teclado ao contrário, o mínimo que eu poderiaq fazer era inverter minhas mãos também. Cada um com a sua espada. Conversei muito, mas acho que fui mais elouquente nos meus silêncios. Fora isso, eu escolhi ouvir em vez de falar


_____Ainda sobre o show e sobre meu medo e minha confiança. Eu tive medo que uma corda do Virgílio arrebentasse, mas ao mesmo tempo confiava que ele ia se aguentar. Não sei ao certo a relação que eu faço, mas em nenhum momento eu me senti sozinho e creio que isso fez diferença.


_____Cuidei da água como cuidei de mim mesmo. A água não ferveu e eu consegui me preservar. Vencemos. A conversa com o sol foi com sabor de ervamate. E com uma mistura de saudade e nostalgia que não consigo definir. É justo que eu coloque minha cabeça no travesseiro e durma em paz. Mesmo que eu durma sozinho.

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