domingo, 14 de março de 2010

Seria mesmo amável

A minha euforia soa triste. Tanta coisa boa que eu continuo achando que não mereço. Vem a D. Morte e tomamos café juntos. E eu não tenho vontade de ter a mesma discussão de sempre. Acabamos por conversar amenidades dos nosso últimos trabalhos. Nada muito sério, ela nunca se meteu no meu trabalho e não seria direito eu me meter no dela. Ambos temos o mesmo assombro e, provavelmente, a mesma esperança. E assim nós seguimos nossos caminhos. Há tanto a ser feito e pelo visto não descansaremos tão cedo. Maldito plano cheio de garranchos e linhas tortas.

Acordes menores.

Duas grandes lições da noite:
Eu não sou feito prá tocar preso por um cabo.
O sorriso que me balança não chega nem perto de me derrubar.

Há noites em que o meu cuidado me mantém a salvo. Hoje sei que o papel de me manter nos trilhos foi do meu arrojo. Fortalecido pelo justo.

Falando em fortalecer, coloco uma foto que estou usando como fundo no desktop. Ela acaba soando além de qualquer palavra.


E por mais que "somebody to love" tenha soado extremamente adequada entre a segunda xícara de café e o X com gosto de ressaca, a música certa é outra.

Não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar
Um cego na fronteira, filósofo da zona.
Me disse que era um dervixe
Eu disse pra ele, camarada:
Acredito em tanta coisa que não vale nada



Um comentário: