terça-feira, 16 de março de 2010

Dualidade nenhuma

Ao som de Pearl Jam - Even Flow

_____Não posso mais separar minha vida da vida do músico que sou. A maioria dos meus amigos eu fiz por causa da música. A forma que eu toco me soa um retrato fiel do que sou. Toco pentatônicas atravessadas para gerar tensões em acordes dominates e isso por si só já é uma metáfora pronta. Meus improvisos são uma enxurrada de notas quando eu não sei tocar a música, da mesma forma que não paro de falar quando estou nervoso. E quando eu sei o que está acontecendo, muitas pausas e silêncios, as mesmas palestras sem falar nada, só que com um baixo na mão. Nos momentos em que toda banda vai para um lado, eu normalmente vou para o outro. Eu poderia até dizer que é pra dar equilíbrio, mas não vou mentir; é a vontade de fazer o diferente, de procurar outro caminho. Quando subo no palco eu agradeço e quando tudo termina eu peço perdão.

_____E eu sei que pareço triste depois de tudo, mas só estou recuperando o fôlego. Perseverando na idéia da humildade que preciso treinar. Usando a solidão e cuidando para que ela não me use. Eu não poderia estar mais em paz do que quando estou escondido atrás do meu sorriso escondido atrás dos meus cabelos; Assim sou eu, quero ficar invísivel, mesmo estando no coração das tempestades que provoco ao meu redor. Mas que espécie de vento eu seria se deixasse a chuva cair fraca e tranquila.?

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