segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Mesmo sem soltar a flecha, ainda é possível respirar.



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O fato é que não há muito para ser escrito aqui. Vejo muita coisa errada, mas me propus a não disciplinar ninguém além de mim mesmo. No último final de semana aprendi que a técnica de um músico é inversamente proporcional a sua arrogância.

_____Organizei um cronograma de estudo interessante e suficientemente chato para me manter ocupado por 5 horas por dia. E de noite jogo meus joguinhos e fico assistindo as olimpíadas torcendo por um país esdrúxulo qualquer. Não consigo ler a quantidade de livros que gostaria, mas nada é perfeito. E eu tenho uma coisa muito parecida com uma rotina. Nunca pensei que ia dizer isso, mas acordar cedo para tocar e tocar tomando chimarrão é muito bom. E, finalmente, reconhecimento não faz diferença nenhuma. Eu vejo o negocinho do pêndulo do metrônomo cada vez mais baixo e isso sim é relevante.

_____E meu diário continua bombando enquanto destruo minhas unhas. Nos dedos que não uso para tocar eu coloco esparadrapo. Infelizmente isso se resume a apenas 3 dedos.

_____A vontade de chorar que vem do nada deve ser normal. Pensar é perigoso, como me disseram. Falando nisso: 2 ouvidos e uma boca. Uma proporção genial.

_____De alguéns eu sinto falta. É o preço que se paga. Mas se até uma pessoa irritante e burra como uma porta sabe que não se pode ter tudo, eu vou acabar lidando com isso numa boa, mesmo tendo razões muito fortes para discordar.

_____E eu falei da flecha. Olhei para o céu e sabia que naquele lugar, por trás das núvens e da chuva que me molhava, devia estar a constelação de sagitário. Lembrei dos centauros. Lembrei de Quíron, o mais sábio deles. O fato dele poder curar a todos, mesmo sem conseguir curar as próprias feridas. O campeonato de ironias segue forte. E Zeus me chicoteia.

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