terça-feira, 15 de maio de 2012

Um inverno de cada vez


_____Vai dormir 3 da manhã, ressucita as 6. Despertador por sms. Acordei e percebi muito rápido que a sensação estranha que eu estava sentindo tinha nome: frio. Meu primeiro pensamento inteligente foi embaixo do chuveiro. Eu deveria ter ficado na cama. Mais sms. Passeio pela casa pelado pra procurar 'enroscado' no dicionário, não havia outra palavra para o que eu queria dizer. um ou dois erres. Arruma as tralhas pra viagem. Aula é para quem não tem amigos na camiseta. Sempre atual, sempre perspicaz. Só 5x.?? Como assim, geada.?? Pensando um milhão de coisas comecei a tocar meio que por instinto. Como se minhas mãos precisassem do meu cérebro para saber como soam os meus sentimentos. Sem me dar conta estava sorrindo. Claro que quanto mais quente, pior vai ser separar, mas separar é uma palavra que não quero mais usar com ela. É possível ser feliz pra sempre naqueles momentos entre o acordar e o sari da cama.  

_____Fuma um cigarro nos fundo da clausura na universidade. Como assim, uma laranjeira cheia de laranjas.?? Uma taquara e um cigarro depois eu estava espremendo laranjas prá fazer um suco. Aula de tarde. Sono. Capota na cama. Pesadelos. Vontade de alguém pra me esquentar. De alguém que diga que tudo vai dar certo sem dizer palavra. Mais aulas, agora com nenhum sono. Café café café. Mais uma térmica de chimarrão, vai lá. Caminha um pouco lá fora, só pra ouvir o silêncio da madrugada. O vigia me pede um cigarro. Metro linha 743. Opa, já está tarde, amanhã pode acontecer qualquer coisa. Hora de dormir de novo. O mundo segue com rédea solta. Daqui a pouco tenho que acordar e ser acordado. Esse inverno bem que poderia ser dela. 

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