Ao som de: Pitty - Pulsos
_____- Chamei vocês aqui para dizer que vocês estavam certos: As pessoas mudam..
_____- Porque estamos conversando aqui.?
_____- Porque aqui sou como vocês. Sei o que vai ser dito antes de ser dito.
_____- E como você descobriu que as pessoas mudam.?
_____- Do mesmo jeito que descubro tudo que é relevante: Num olhar de relance para dentro. Parecia que alguma coisa estava fora do lugar e então olhei melhor. E vi que muita coisa estava diferente.
_____- Isso tem a ver com dizer sim ou não.?
_____- Tem a ver com aceitar e entender o que vou dizer. Dizer não foi uma proposta tentadora desde o início, mas só me convenci de verdade quando percebi que ao dizer não para ela, eu estava dizendo sim para mim mesmo. Não é um jogo, estou sendo muito sincero.
_____- Isso soa perfeito demais, como naquelas situações onde tu pensas tudo como um jogo de xadrez.
_____- Não é o caso. Não é um jogo. De fato, ninguém é perfeito fora do altar. Se não houver justiça, não haverá igualdade. Se não houver igualdade, não havera felicidade. Mesmo se meu coração fosse encarregado da decisão, ainda assim seria um raciocínio lógico. E eu penso com a tranquilidade de uma consciência tranquila.
_____- Isso só o tempo dirá. Mas considerando que nada acontece por acaso e contando com a tua obcessão em saber o porque, pergunto por que tu mudaste.?
_____- Essa resposta não é simples, mas pensei muito nela, até porque eu esperava essa pergunta. O âmago da questão é o seguinte: Não há necessidade de fio. Não preciso de nada de bom ou de ruim me sustentando. Por isso tenho asas, para voar alto. E para que elas amorteçam minhas inevitáveis quedas.
_____- E o medo de cair.?
_____- Perdeu todo o sentido. Quando escrevi kamikaze a primeira vez, eu percebi que isso pedia, necessariamente, uma queda, para que eu pudesse viver essa condição em sua plenitude. Só que a queda precisa ter um sentido. Só vale a pena sofrer por algo em que se acredita.
_____- E agora, prá onde tu vais.?
_____- Sossegar um pouco, com os pés no chão. O céu não é prá mim, não esse céu. Deixo ele para as borboletas e para as estrelas, que brilham frias enquanto negam sua vontade da terra ou sua inveja da Lua. O céu do leste tem se mostrado terrivelmente frio ultimamente. Meu trabalho é ser quente. E eu sigo no meu caminho no inferno, com meu estúpido orgulho disso. Fico onde sou mais útil. Fico com quem me faz bem.
_____- Porque estamos conversando aqui.?
_____- Porque aqui sou como vocês. Sei o que vai ser dito antes de ser dito.
_____- E como você descobriu que as pessoas mudam.?
_____- Do mesmo jeito que descubro tudo que é relevante: Num olhar de relance para dentro. Parecia que alguma coisa estava fora do lugar e então olhei melhor. E vi que muita coisa estava diferente.
_____- Isso tem a ver com dizer sim ou não.?
_____- Tem a ver com aceitar e entender o que vou dizer. Dizer não foi uma proposta tentadora desde o início, mas só me convenci de verdade quando percebi que ao dizer não para ela, eu estava dizendo sim para mim mesmo. Não é um jogo, estou sendo muito sincero.
_____- Isso soa perfeito demais, como naquelas situações onde tu pensas tudo como um jogo de xadrez.
_____- Não é o caso. Não é um jogo. De fato, ninguém é perfeito fora do altar. Se não houver justiça, não haverá igualdade. Se não houver igualdade, não havera felicidade. Mesmo se meu coração fosse encarregado da decisão, ainda assim seria um raciocínio lógico. E eu penso com a tranquilidade de uma consciência tranquila.
_____- Isso só o tempo dirá. Mas considerando que nada acontece por acaso e contando com a tua obcessão em saber o porque, pergunto por que tu mudaste.?
_____- Essa resposta não é simples, mas pensei muito nela, até porque eu esperava essa pergunta. O âmago da questão é o seguinte: Não há necessidade de fio. Não preciso de nada de bom ou de ruim me sustentando. Por isso tenho asas, para voar alto. E para que elas amorteçam minhas inevitáveis quedas.
_____- E o medo de cair.?
_____- Perdeu todo o sentido. Quando escrevi kamikaze a primeira vez, eu percebi que isso pedia, necessariamente, uma queda, para que eu pudesse viver essa condição em sua plenitude. Só que a queda precisa ter um sentido. Só vale a pena sofrer por algo em que se acredita.
_____- E agora, prá onde tu vais.?
_____- Sossegar um pouco, com os pés no chão. O céu não é prá mim, não esse céu. Deixo ele para as borboletas e para as estrelas, que brilham frias enquanto negam sua vontade da terra ou sua inveja da Lua. O céu do leste tem se mostrado terrivelmente frio ultimamente. Meu trabalho é ser quente. E eu sigo no meu caminho no inferno, com meu estúpido orgulho disso. Fico onde sou mais útil. Fico com quem me faz bem.
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