sábado, 14 de abril de 2018

Um horizonte a menos

         No xadrez abra o jogo como quem lê um livro. No meio do jogo seja um soldado que defende cada peça e cada posição. E no fim, escreva uma poesia. Essa foi a melhor lição de xadrez que eu jamais tive. 

        São fases, eu sei. Não fugir por medo não me dá aval pra fugir pra sempre. Posso correr pro mar quantas vezes quiser, mas sei que certas respostas não estão lá. A água salgada me conserta nessas madrugadas que eu fujo pra amanhecer sozinho na praia. Mas vou ter que voltar pros livros do Iung que eu não entendo e pras músicas do Tool que eu não consigo tocar.

        Dentro de uma garrafa eu tenho uma epifania. E com uma tequila eu não brindei à putaria; brindei aos sinais que ficaram anos tentando me mostrar a mesma coisa.

          Ironicamente alguém está tocando Bush no meu violão em algum lugar.

         Se meu anjo ainda estivesse aqui ele estaria gargalhando sentado na minha janela aberta. O frio me mantém focado assim como a tristeza me faz competente. O que eu quero não é importante, mas isso não significa que eu não queira muito certas coisas.

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