Se equilibrar é difícil. Tem sido assim ultimamente. Tirei um som muito bom no meu trabalho. Tá, na verdade ele aconteceu sozinho. Minha senhora me vê. Tenho vontade de abraçá-la pra não soltar nunca. Chamo a mim mesmo de mimado e egoísta enquanto discuto comigo sobre merecimento e uma vontade de beijar. Tudo numa fração de segundo. Estava tudo bem enquanto meu corpo agradecia por eu estar indo devagar (a noite de ontem foi o inferno). Uma música me fez sair correndo. Não sou bom em chorar e ficar invisível fora do palco. Não é fraqueza. Eu simplesmente não me importo mais. Que me vejam chorando, destruído, meio morto e infeliz. Esse sou eu aprendendo a ser não o que esperam de mim e sim o que precisam que eu seja. Esse é um copo vazio de mim mesmo que eu tento encher de vida enquanto me diluo entre drogas e bebida. Eu sorrio por que há alguém aqui dentro que ainda consegue. Enquanto desabo me estendem a mão. Minhas asas doem.Silêncio. Não há paz. Nunca haverá pra mim. ¿Será que um dia vou conseguir não me sentir sozinho a cada passo que dou.? Será que um dia vou conseguir sentir de novo meu coração batendo em vez de apanhando.?
O inferno não precisa mais de mim. De um jeito ou de outro estamos nos despedindo.
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