quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Apontamentos cheios de areia

_____O mar a noite é mágico. Eu olho prá ele e sempre me lembro daquelas imagens noturnas de jacarés no pantanal. Só dá pra ver os olhos brilhando e mesmo assim dá prá saber que há muita coisa que não conhecemos. Ou melhor. Não enxergamos. Só dá prá ver a espuma das ondas sem ter noção das ondas que estão quase arrebentando em cima de nós.

_____Nadando de madrugada me dei conta de que sempre respirei pro lado errado quando nado no mar. Literalmente falando. E se, mesmo depois de engolir tanta água, ainda não sei respirar, posso me sentir um pouco estranho, quase culpado. Sinto-me como se não soubesse fazer muitas das coisas básicas que, supõe-se, eu deperia saber a essa altura do tempo. De qualquer jeito, eu consigo sorrir, mesmo com um pouco de apreensão no olhar. Não perdi o medo de aprender e ainda tenho vontade de tentar. Nunca é tarde demais. E ter alguém do meu lado faz muita diferença, agora eu sei.

_____Sinto uma espécie de cansaço. No limiar de algo maior ou, pelo menos, diferente.
A saudade é uma moça cheia de trambiques. A moça do bope faz falta.

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