domingo, 7 de novembro de 2010

Começo a entender

Ao som de Pirisca Grecco - O céu da fronteira

_____Uma despedida que podia ser um adeus, mas que acabou se transformando num até logo. Psiquiatras e seus remédios para ansiedade, é isso que eles fazem. The devil may cry, mas isso fica como nosso pequeno segredo. Uma nova promessa e dessa vez eu sei que posso cumprir. Um abraço no semasas. Olhei pro calendário suspirando. Eu não podia adiar de novo. Deixei uma flor, como quem se despedia. Peguei um isqueiro e me olhei no espelho. Cheguei a pegar o bacardi na mão, mas lembrei do Jack Sparrow com o seu "e tudo isso sem nem uma gota de rum". Agua quente na térmica e chimarrão novo. Pé na estrada com a rota do sol vazia vazia. No céu a lua ia mudando de lado, se escondendo atrás das nuvens, mas me acompanhando.

_____Sentado na areia, usando o chimarrrão do mesmo jeito que usaria um cachimbo. Conversas sérias sobre ser ou fingir que se é. Vai ser sempre assim, é preciso estar sempre pronto para defender o que somos. Entre o sol e alguns pingos de chuva, fiquei com os pingos. Deixei um recado na areia para o caso de um amigo passar por ali. E subi a serra bem devagar. Em vez de andar a 160 eu preferi andar a 60 tomando chimarrão. Cantarolando Cross Canadian e Adoniran barbosa. Não havia pressa, não havia medo. Tudo como tinha que ser.

Cheguei em casa e instalei meu PS2 só pra jogar um velho jogo. O final é esse:

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