quinta-feira, 30 de março de 2023

Uma violeta chamada Roza. Com Z.

    Um caminho que meu carro faz sozinho, mas eu não queria estar indo. Não sei o que dizer, não sei onde colocar as mãos. Sei bem que nada quebra como um coração, mas sou uma nulidade total em consertar o coração dos outros. 

    Aperto forte uma nova guia na mão. O dono da mesquita não me deixou outra opção: "fica gritando nunca me conceda descansar?  Agora vai lá e faz teu trabalho." Bato fraco na porta. Eu não queria estar lá, ele não queria que eu tivesse vindo. Mas fugir por medo não era opção do meu lado da porta.  Ele não tem noção do quantas vezes me tirou da lama. Não existe um mundo onde eu vou deixar ele ficar definhando enquanto eu não faço nada. Sempre vou ter a gratidão pra mostrar o que preciso fazer quando certo e errado não importam. Ou quando o ódio falha. 

    E vcs podem me colocar em quantas peças espíritas quiserem. Eu não estou aqui pra falar do amor de Jesus. Eu estou aqui pra sair no soco pra defender os meus. Já me cortaram fundo demais pra eu fingir que não tenho nenhuma cicatriz. Eu vou seguir nos bastidores fazendo a peça acontecer. Estou perdido, mas não desisti de buscar. Tenho duvidado do trabalho e da minha capacidade, mas eu nunca deixei de acreditar no todo. Continuem mexendo as peças. Depois que eu organizar essa bagunça no meio, eu colo no fim do tabuleiro e seguimos pra próxima.

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