sexta-feira, 9 de março de 2018

Cooperação

             Entrar no meu quarto e dar de cara com fotos e bilhetes que não via há meses me desarmou. Apesar deles me machucarem, não tirei nada do lugar que já estava. Em partes porque minha casa continua na mesma pessoa. Em partes porque cada vez que releio um bilhete, lembro que a melhor parte de mim ainda é capaz de sentir coisas boas.

             Fico pensando sobre tudo que aconteceu e as vezes penso que deveria ter feito tudo diferente. Mas acabo chegando a conclusão de que as coisas aconteceram exatamente como deveriam ter acontecido. O plano foi arriscado, mas necessário.

              Perco pedaços de mim que são simplesmente insubstituíveis, mas em algum lugar aqui dentro eu sei que eles vão ficar bem.Sinto um peso enorme sobre mim, mas uma frase que disse pro meu padrinho no dia do casamento do Potro continua valendo: Pode não parecer, mas tudo está exatamente onde deveria estar.

             Estou só pelo mar pra terminar de arrebentar com a minha esperança e pra reforçar as costuras do meu coração. 

Se eu não for por mim. quem o será.?
Mas se eu for só por mim.. o que serei eu.?
Senão agora, quando?

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