Eu tenho que falar do festival, já que respirei o festival de blues na última semana, mas antes eu preciso falar de uma coisa que fez com esse festival fosse o mais mágico de todos.
Às vezes a gente encontra aquilo que mais teme no meio do caminho. Mas, às vezes, o mundo nos coloca de frente com o que mais desejamos. E eu julgava tão impossível. Assim como o raposa ganha pela cor do trigo. Eu ganho pelo groove do baixo. Eu ganho pelo sorriso bobo. De todo o festival eu queria uma única coisa. E de repente tudo que eu queria estava ali ao alcance da minha mão. A mix do P.A. estava exatamente como deveria estar, mas eu aumentei o volume do baixo. Eu queria ouvir melhor.
E no meio de toda a confusão eu pulei de novo de bungee jump. Dando gargalhadas enquanto lembrava das lições de física pra girar mais rápido. Se soltar olhando pro horizonte e se inclinando pra frente deixaria tudo mais fácil. Mas eu não. Eu pulo olhando pro chão. Não vou me deixando cair a ponto de não ter volta. Eu escolho me jogar. E embora aqueles poucos segundos de queda livre façam o cérebro surtar, a ideia de me agarrar em alguma coisa nunca passou pela minha cabeça. Eu olho pro abismo e o abismo olha pra mim. E minhas asas sabem o que fazer.
Olhos cor de mate cuspido cheios de água me são tão familiares, mas foi estranho ver eles em outro lugar. Espero que o tempo resolva logo o que precisa ser resolvido. Não tenho pressa pra ser feliz. Mas estamos uns 10 anos atrasados, no mínimo...
O efeito Faccioli foi devastador, mas depois de 5 festivais, já sei lidar bem com o fim do trabalho e o início da bebedeira sem volta do último dia. Essas duas coisas acontecendo ao mesmo tempo, no caso. Sai do festival sozinho segurando um crachá como se fosse um brinquedo novo. Era minha prova que tudo foi verdade. E eu ria sozinho. O caos até me assusta, mas nunca consegue me fazer hesitar.
E no meio de toda a confusão eu pulei de novo de bungee jump. Dando gargalhadas enquanto lembrava das lições de física pra girar mais rápido. Se soltar olhando pro horizonte e se inclinando pra frente deixaria tudo mais fácil. Mas eu não. Eu pulo olhando pro chão. Não vou me deixando cair a ponto de não ter volta. Eu escolho me jogar. E embora aqueles poucos segundos de queda livre façam o cérebro surtar, a ideia de me agarrar em alguma coisa nunca passou pela minha cabeça. Eu olho pro abismo e o abismo olha pra mim. E minhas asas sabem o que fazer.
Olhos cor de mate cuspido cheios de água me são tão familiares, mas foi estranho ver eles em outro lugar. Espero que o tempo resolva logo o que precisa ser resolvido. Não tenho pressa pra ser feliz. Mas estamos uns 10 anos atrasados, no mínimo...
O efeito Faccioli foi devastador, mas depois de 5 festivais, já sei lidar bem com o fim do trabalho e o início da bebedeira sem volta do último dia. Essas duas coisas acontecendo ao mesmo tempo, no caso. Sai do festival sozinho segurando um crachá como se fosse um brinquedo novo. Era minha prova que tudo foi verdade. E eu ria sozinho. O caos até me assusta, mas nunca consegue me fazer hesitar.
Sei bem que deveria descansar. Mas ainda não. Eu tinha um show pra fazer. coisas demais aqui dentro. E queria contar as novidade pro Virgílio. Depois de tanto estudar, tanto sentir e tanto viver a música; é engraçado pensar que um beijo conseguiu mudar meu jeito de tocar.
Depois de tudo, fui buscar umas coisas no festival, já no domingo de noite. Foi a primeira vez que caminhei sem pressa por ali. E a chuva veio me encontrar enquanto eu conferia se tudo estava no lugar que deveria estar. Fumei um último cigarro sentado na casinha abraçado com a chuva. Lembrei do meu trabalho. Esse festival sempre vai ser inesquecível pra mim.
Depois de tudo, fui buscar umas coisas no festival, já no domingo de noite. Foi a primeira vez que caminhei sem pressa por ali. E a chuva veio me encontrar enquanto eu conferia se tudo estava no lugar que deveria estar. Fumei um último cigarro sentado na casinha abraçado com a chuva. Lembrei do meu trabalho. Esse festival sempre vai ser inesquecível pra mim.