domingo, 6 de novembro de 2016

A palavrta da noite: hiato


            Eu queria postar essa música no face, mas sei que soaria como uma indireta. Posto aqui porque ela é uma indireta.

















          Meu rosto me trai enquanto toco. E na minha cara fica estampado meu pensamento. E eu toco sorrindo enquanto dentro de mim existe uma cacofonia de vozes e opiniões e caminhos. Minha fuga e minha catarse no mesmo lugar.  Talvez eu me esconda por mero cacoete.

         Um show no boliche volta com uma tonelada de lembranças no espaço de um cigarro. Uma noite esculhambada do passado que acabou no motel do jeito errado. Se bem que, faz tanto tempo que certo e errado não são mais zero e um. Faz tanto tempo que certo e errado são relativos. E naquela noite fizemos o que foi possível. O que foi preciso.

Navegar é preciso. Viver não.

Um pequeno hiato na noite que foi preenchido conversando com um otorrinolaringologista e com um mestre em história e filosofia. É o diabo, mas essas noites me fazem pensar que estou exatamente onde deveria estar. É o inferno, mas fala-se com conhecimento de causa sobre ética e moral. As circunstâncias nos levam a trabalhar juntos. E o trabalho nos torna amigos.



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