Uma marca no meu braço dizendo que as firmas conferem. Eu sempre carimbo minha pele pra ver o desenho do carimbo pra só depois perceber que tem um desenho em cima dele. Enquanto eu tocava sorrindo ia pensando nisso. O que havia me levado até ali.? O dia com a mesma sensação de não quero ir/ sei que tenho que ir.
Tomei um pé na bunda em Paris. E fingi o quanto consegui que isso não me abalou. Passei o rodo em Londres e quando voltei precisei de um rodo maior pra usar como estandarte da minha covardia e consequente fuga. E também precisei de um lugar pra me sentir seguro. De repente me vi obrigado a abrir mão de uma pessoa que fazia/faz parte de mim pra evitar o caos na vida dela. E todos os dias eu preciso me convencer que esse plano ridículo é o melhor. Uma metáfora que eu adorava dizia que eu não julgava nenhum caminho, porque tinha uma tendinha na beira da trilha que sobe a montanha. E as pessoas paravam ali por um tempo e eu as ajudava como fosse possível. Como fosse necessário. Eventualmente elas seguiam em frente e eu ficava ali. As justificativas para essa metáfora mudaram conforme os anos passaram, mas sempre senti que podia subir a hora que quisesse, mas que era muito mais útil ajudando os outros. E senti que precisava curar certas feridas antes de continuar subindo. Mas sabemos bem que certas feridas pintadas de vermelho nas minhas costas nunca vão parar de doer.
Meu lugar seguro passar por voltar pra essa metáfora. Passa por voltar a jogar warcraft e tocar baixo e cello como se a tendinite não importasse. Eu sei bem que nada será como antes. Confiar em quem não confia em mim cobrou um preço alto demais. E posso achar engraçado ter amigos que conseguem hackear meu computador, mas na prática há coisas que eu simplesmente não quero expor. E é inevitável sentir que invadiram um espaço que não deveriam invadir. Ou melhor, que usaram mal um espaço que sempre esteve aberto. Em vez de muros, meus tijolos eu uso fazendo pontes. Ou canteiros pras flores.
Sempre que eu toco eu lembro do Barão e nossas conversas sobre não olhar para o instrumento tocando. E se não olho pras cordas, posso olhar pras pessoas. Posso olhar pro batera tocando diferente enquanto eu tento descobrir/adivinhar o que está acontecendo. Posso procurar cores e sorrisos na plateia. Ou posso sorrir e desaparecer de olhos fechados enquanto o Virgílio toca a harmonia sozinho.
Uma coisa é certa. Se fico parado é por não querer caminhar com sapatos que me machucam. Ou trilhar caminhos que não são meus. Aquilo que perdemos nos fogo, encontraremos nas cinzas.
Tomei um pé na bunda em Paris. E fingi o quanto consegui que isso não me abalou. Passei o rodo em Londres e quando voltei precisei de um rodo maior pra usar como estandarte da minha covardia e consequente fuga. E também precisei de um lugar pra me sentir seguro. De repente me vi obrigado a abrir mão de uma pessoa que fazia/faz parte de mim pra evitar o caos na vida dela. E todos os dias eu preciso me convencer que esse plano ridículo é o melhor. Uma metáfora que eu adorava dizia que eu não julgava nenhum caminho, porque tinha uma tendinha na beira da trilha que sobe a montanha. E as pessoas paravam ali por um tempo e eu as ajudava como fosse possível. Como fosse necessário. Eventualmente elas seguiam em frente e eu ficava ali. As justificativas para essa metáfora mudaram conforme os anos passaram, mas sempre senti que podia subir a hora que quisesse, mas que era muito mais útil ajudando os outros. E senti que precisava curar certas feridas antes de continuar subindo. Mas sabemos bem que certas feridas pintadas de vermelho nas minhas costas nunca vão parar de doer.
Meu lugar seguro passar por voltar pra essa metáfora. Passa por voltar a jogar warcraft e tocar baixo e cello como se a tendinite não importasse. Eu sei bem que nada será como antes. Confiar em quem não confia em mim cobrou um preço alto demais. E posso achar engraçado ter amigos que conseguem hackear meu computador, mas na prática há coisas que eu simplesmente não quero expor. E é inevitável sentir que invadiram um espaço que não deveriam invadir. Ou melhor, que usaram mal um espaço que sempre esteve aberto. Em vez de muros, meus tijolos eu uso fazendo pontes. Ou canteiros pras flores.
Sempre que eu toco eu lembro do Barão e nossas conversas sobre não olhar para o instrumento tocando. E se não olho pras cordas, posso olhar pras pessoas. Posso olhar pro batera tocando diferente enquanto eu tento descobrir/adivinhar o que está acontecendo. Posso procurar cores e sorrisos na plateia. Ou posso sorrir e desaparecer de olhos fechados enquanto o Virgílio toca a harmonia sozinho.
Uma coisa é certa. Se fico parado é por não querer caminhar com sapatos que me machucam. Ou trilhar caminhos que não são meus. Aquilo que perdemos nos fogo, encontraremos nas cinzas.
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