O pensamento começou a tomar forma enquanto anoitecia. Eu estava numa sacada diferente. Numa cidade diferente. Mas ainda assim me sentia em casa. A metáfora sobre ser como água. Manter o conteúdo enquanto se adapta a forma que se apresenta. Eu voltaria a esse mesmo assunto mais tarde.
Festa diferente mas muitos rostos conhecidos. Eu me sentia bem vindo. Todos que trabalhavam comigo: Jeane, Giovane, Marcelo, Rubia, Kiko, Jonas, Leo, Cris, Dani, Fran. Em cada abraço um milhão de histórias, que eu vou resumir na palavra cumplicidade. Não sinto falta do vagão, da noite, dos trâmites. É dessas pessoas que sinto falta. Daquela sensação de pertencer a uma família sem laços sanguíneos, mas com todo o resto.
De volta ao sentimento de estar em casa. Escorado no balcão encontro o Poletto. Entre outras coisas ele é um baita exemplo de como viver a vida de forma honrada e leve. Aquele cara que seria reitor de uma hipotética universidade de caráter, caso fosse possível ensinar. Um dos caras que eu chamo de amigo com orgulho. Ele conseguiu colocar em palavras o que eu queria dizer desde a sacada e não sabia como "home is a state of mind".
Depois de tantas pessoas que me fizeram mal, vejo todas essas pessoas boas que permanecem ao meu redor e não fico mais me questionando se mereço ou não. No fim, é só o universo empatando o jogo.
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