quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Até quando.

Uma fogueira com um livro de fotos. Eu não tinha uma nota de cem pra acender o cigarro.
Um olho roxo, prá aprender a defender a cara
Uma surra, porque colo não iria resolver nada.
Um tombo de bicicleta prá aprender a não andar na chuva com o cabelo solto.
54 horas acordado para adormecer contando ondas. Acordei assustado pensando que era um pesadelo.  E o instinto começou a trabalhar aos berros. Desabar era uma questão de tempo.
Eu preferia ter cortado o dedo do que ter tirado aquele anel.
Sempre chove quando eu volto pra casa. Dessa vez, mesmo de longe, alagamos a cidade. A chuva tende a ter a força da minha tristeza.

Falta-me coragem para me olhar no espelho. Não quero voltar praquela cidade nunca mais. A dor ainda me faz tremer. No fundo, não adiantou nada. A maldição continua. Continuo vivo.

2 comentários:

  1. Anônimo8/2/12 23:58

    http://www.youtube.com/watch?v=Q0gJ5S_4zHQ&feature=related

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  2. Anônimo9/2/12 21:01

    e como sempre, vão-se os anéis e ficam os dedos...

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