terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Não tem mais volta

Ao som de mim mesmo

_____Eu não sei se estou pronto. Em alguns momentos eu fico ouvindo determinados pedaços repetidamente, como pediria para um cientista me explicar melhor física quântica. Às vezes simplesmente não entendo nada, como um gato ouvindo uma palestra sobre computadores. O fato é que, mesmo quando entendo pouco, estou sentindo muito. É como aquelas aulas com o Barão em que ele pacientemente me ensina sem nem sequer falar em música. Lembro de algumas jam sessions que fiz, nas quais eu SENTIA que estava fazendo algo importante. Nostalgia com cheiro de incenso do sol.

_____O Merônio e o Coelho, meus primeiros professores de música, falavam muito sobre eu eventualmente acabar tocando jazz. Nunca entendi, nem naquela época e nem agora. Não sei se estou pronto, mas sei que quero. O fato de eu me sentir extremamente miséravel com o que estou fazendo nas bandas que eu toco é um incentivo a mais para dar o próximo passo. Eu posso até pensar como um músico de jazz, mas me falta vocabulário, me falta técnica, em suma: não sei tocar jazz. AINDA.

_____Escrevi e escrevi e continuo tentando aprisionar em palavras o que a música fala por si só de forma livre. Peço desculpas. Eu só queria dizer duas coisas:


Kind of Blue
e
A Love Supreme

Baixem e ouçam. Vale cada segundo.

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