sábado, 22 de dezembro de 2007

Ainda é tarde demais...

Ao som de: Fletwood Mac - The Chain


Café no fim da noite, sem paciência para chimarrão.
E, ironicamente, enxergo um planeta cada vez que olho pro céu.
É justo. Não seria meu céu se ficasse vazio.

E o tapa na cara que me fora dado foi devolvido.
Nada do que é inaceitável permanecerá.
É justo. Não seria meu mundo se não fosse justo.

Pessoas que vivem em tempos diferentes
É bom, disso não posso duvidar.
Mas conseguiríamos viver em harmonia.??
É confuso. Não seria pensamento meu se não fosse.

Continuo sem fumar
Dividido entre uma vontade absurda e latente
E uma raiva por ter vontade
E não seria um problema se não fosse por essa dualidade.

Carta que recebi do Vento:
O vento soprou de leve. Balançou as flores pra lá e pra cá.
O vento soprou frio no rosto dos meninos.
Soprou forte. Levou o chapéu do seu Juca. Levantou a saia de Dona Sônia.
Bateu portas e janelas com força.
Soprou e soprou. Secou toda a roupa no varal.
Jogou no chão as folhas amareladas.
E o vento levou pro céu meu avião de papel.

Infantil e inocente, como era prá ser desde o princípio.
Além de promoções, o verão é um tempo de reencontros e descobertas.
E dizem que as almas se reencontram assim desde que o mundo é mundo.
E elas se descobrem. Pessoas com armadura não têm vez nessa luta.
É mágico. E eu me lembro que ainda tenho feitiço.

E procurar alguma música do Tool que defina tudo isso parece ser perda de tempo.
A regra finalmente falhou.
Tudo tem um limite. Tudo mesmo.

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