Toca sozinho que eu vou tentar não atrapalhar. Sinto falta dos meus cabelos pra me esconder enquanto eu choro, mas talvez eu ainda consiga sorrir e ficar invisível.
Uma bruxa uma vez me disse que quando eu sentisse cheiro de magia, nunca mais iria deixar de perceber ela acontecendo. E eu lembro disso cada vez que os olhos enchem de água quando meus feitiços dão certo. Eu corro tropeçando, mas não sei atravessar a ponte entre o visível e o invisível de outro jeito. Eu ainda não aprendi muito bem o que devo fazer quando sinto que sou maior do que poderia ser. Quando alguém em algum lugar acha importante que eu pinte o mundo com cores mais vivas. E com sons mais coloridos.
Eu tento aproveitar o silêncio aqui dentro pra entender certas coisas. A velha sensação de aprender a voar enquanto estou caindo. E o Nico segue tocando. Ele entende de fins e meios melhor do que eu. Eu me desculpo pelo trabalho que eu dou, mas "aprendo de mis pasos, entiendo en mi caminar".
A porra do fluxo é isso mesmo.
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